O governo estadual mais que dobrou o número de alunos no programa de escolarização em hospitais, em três anos, ampliando o acesso à educação. O programa oferece apoio educacional aos alunos que estão impossibilitados de frequentar a escola devido à internação hospitalar ou tratamento de saúde. Em 2012, foram beneficiados 5,4 mil estudantes, 115% a mais que em relação ao período de 2007 a 2010, quando a média anual era de 2,5 mil alunos atendidos. Em 2011, o número já indicava aumento, com 5,2 mil alunos atendidos.
O trabalho é desenvolvido por um pedagogo e por três professores, que realizam atendimento hospitalar e domiciliar. "O Estado faz grande esforço para garantir que nossos alunos mantenham os estudos mesmo hospitalizados. É um processo educativo importante que tem merecido toda atenção", disse Flávio Arns, secretário estadual de Educação.
O aumento considerável dos atendimentos é resultado de novos convênios assinados pelo governo com hospitais. Thais Gama da Silva, responsável pelo Serviço de Atendimento à Rede de Escolarização Hospitalar (Sareh), na Secretaria Estadual da Educação, atribui a melhora do serviço também à orientação que os professores estão recebendo. "O governo tem investido para o fortalecimento do programa. Isso evita que o aluno tenha que abandonar a escola", disse. Ela explica que o Sareh é um serviço novo, que tem atraído novos professores.
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ABRANGÊNCIA – As atividades educacionais são executadas pela Secretaria da Educação pelo termo de cooperação técnica com 14 hospitais conveniados, em Curitiba, Cascavel, Londrina, Maringá, Campo Largo e Paranaguá. No início de 2011, eram apenas oito unidades participantes. Cerca de 650 professores e pedagogos da rede estadual atuam nessa modalidade.
"As práticas pedagógicas não diferem das usadas nas salas de aula. Todo aluno recebe material didático e é avaliado pelos professores", explica Thais. No atendimento hospitalar o pedagogo e os três professores atuam em áreas diferentes: ciências exatas, ciências humanas e linguagens. No atendimento domiciliar, há liberação de um professor, que acompanha pedagogicamente o aluno em suas atividades escolares.
Na modalidade hospitalar, o programa atende alunos de escolas públicas e particulares em idade escolar, que estejam ou não matriculados no ensino fundamental, médio e educação de jovens e adultos (EJA). Nesse caso, a solicitação é feita através da administração do hospital. As aulas são ministradas no quarto, ambulatório ou sala de aula hospitalar. Os professores estaduais atendem também crianças do ensino básico, quando o município não oferece o serviço.
Já para ter aulas domiciliares, o aluno precisa estar matriculado em uma escola da rede estadual. A escola pode solicitar atendimento à Secretaria de Educação para o aluno com mais de 90 dias de afastamento, comprovado por laudo médico.