O bioengenheiro indiano, Manu Prakash, da Universidade de Stanford (EUA), criou um modelo de microscópio alternativo, impresso em papelão e montável.
O Foldscope, nome dado à invenção, é formado por uma tira de papelão, lentes, uma lâmpada de LED, uma bateria semelhante à de relógios e seu custo não passa de R$ 1,20. Além disso, o produto traz consigo um projetor.
A invenção demora cerca de sete minutos para ficar pronta. A bateria dura por volta de 50 horas e a imagem chega a uma ampliação de até 2 mil vezes.
Leia mais:
Investigação sobre desvios em compra de vacina da Covid volta ao STF, e PGR analisa em segredo
Droga injetável contra HIV é eleita descoberta de 2024 pela revista Science
Estudo sugere que consumo de chocolate amargo está ligado à redução no risco de diabetes tipo 2
Lula tem alta da UTI e passa a ter cuidados semi-intensivos no hospital
Em países pouco desenvolvidos, o novo microscópio poderia ser a solução do problema de diagnóstico. Atualmente, o alto custo dos equipamentos atrapalha o processo.
A equipe responsável pela pesquisa criou 12 modelos do aparelho, um para cada doença específica.
Testes
Prakash afirma que a ideia veio de viagens feitas a países subdesenvolvidos. "No Quênia, não há remédios suficientes contra malária, mas ainda assim eles são distribuídos mesmo que a doença não tenha sido diagnosticada", afirma.
O uso indiscriminado dos remédios faz com que os parasitas se tornem imune a eles. Por isso a importância de se diagnosticar a doença previamente, podendo selecionar o melhor tratamento.
Agora, após receber 100 mil dólares da Fundação Bill & Melinda Gates, o passo é aplicar testes sobre a funcionalidade do aparelho em três países: Índia, Tailândia e Uganda.
A equipe que irá realizar a testagem será constituída por médicos, estudantes de medicina, estudantes primários e também secundários, ao todo, cerca de 10 mil pessoas.
(Com informações da BBC Brasil)