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Entenda a embolia que levou Paulo Gustavo ao estado terminal

Martha Alves - Folhapress
05 mai 2021 às 07:50
- Reprodução/Instagram
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O último boletim médico do ator e humorista Paulo Gustavo, 42, divulgado nesta terça-feira (4), informava que ele era considerado um paciente terminal após embolia gasosa, mas com sinais vitais presentes. Ele estava internado desde o dia 13 de março por complicações da Covid-19 e faleceu na noite de terça.


O ator vinha apresentando sinais de recuperação, mas acabou voltando a apresentar piora em seu estado de saúde no último domingo (2), quando teve uma embolia gasosa que se disseminou em decorrência de fístula brônquio-venosa (rompimento do tecido do pulmão).

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O cardiologista Múcio Tavares, diretor do Hospital Dia e Centro de Infusão do Incor (Instituto do Coração), diz que infelizmente Paulo Gustavo teve uma condição rara em pacientes e quando isso acontece é devido a uma infecção grave. No caso do ator, o médico explica que parte do ar foi para o pulmão e outra atingiu a corrente sanguínea do paciente.

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"Ele teve uma infecção bacteriana no pulmão que acabou destruindo tecidos e neste caso foram os bronquíolos [pequenos tubos no interior do pulmão] que são fundamentais. Eles são parte da ramificação que levam o ar para os alvéolos (sacos) onde o sangue é oxigenado no pulmão", explica.

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Segundo o cardiologista, quando o paciente tem uma infecção a parede do bronquíolo é destruída e parte de um vaso sanguíneo que passa ao lado acaba se comunicando com essa via aérea. "O ar passa do bronquíolo para a corrente sanguínea e, dependendo do grau, tem uma grande destruição pulmonar", afirma.


Tavares diz que quando entra uma quantidade maior de ar na corrente sanguínea ele é levado para os pulmões, cérebro, coração ou para outro órgão, impedindo o fluxo do sangue para algumas partes do corpo. "É como se funcionasse como um entupimento impedindo que o sangue chegue ao órgão".


O procedimento indicado para este tipo de emergência seria uma intervenção cirúrgica, mas que seria de alto risco no quadro apresentado por Paulo Gustavo. "Você tem que tirar o pedaço do pulmão que está causando isso e no caso dele não iria resistir à cirurgia. Você sabe que o risco é maior que o benefício da vida. Ele deve estar em um situação crítica do ponto de vista cardíaco e infeccioso que qualquer procedimento pode acelerar a morte", comenta.

Segundo Tavares, a terapia por ECMO (Oxigenação por Membrana Extracorpórea) à qual Paulo Gustavo era submetido, desde o dia 25 de março, é fundamental. O cardiologista disse que o ator tem um quadro de infecção e a baixa oxigenação exigia a substituição do pulmão porque a pneumonia bacteriana leva um enfraquecimento do tecido que fica "frágil e quebradiço".


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