Associações médicas e de segurança estão mobilizando a sociedade, desde o dia 10 de agosto, para participar de um abaixo-assinado contra a venda do álcool líquido com alto grau de pureza: 92,8%. A meta é atingir 1 milhão de assinaturas até o dia 20 de novembro, data em que se comemora o Dia Universal da Criança. As informações são da Agência Brasil.
O álcool líquido é responsável por 150 mil acidentes que geram internação hospitalar por ano, sendo 45 mil com crianças, informa a organização não-governamental Criança Segura, citando dados da Sociedade Brasileira de Queimaduras.
Em 2002, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proibiu a venda do produto com teor acima de 46°, mas os fabricantes voltaram a comercializá-lo por meio de liminar. Nos três primeiros meses após a proibição, houve redução de 60% no número de acidentes, segundo a coordenadora de projetos institucionais da ONG Criança Segura, Cecília Lotufo.
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Atualmente, há no mercado três tipos de álcool: em gel, com 46% de pureza, líquido com 68% a 72% (encontrado em farmácias e hospitais, com ação bactericida e regulamentado pela Anvisa) e líquido com 92,8% - tecnicamente conhecido como 92,8o INPM (Instituto Nacional de Pesos e Medidas).
Entidades alertam que o álcool líquido, embora seja muito usado para queima, pode ser substituído por produtos como gel, óleo e nó de pinho, encontrados em supermercados. Cecília Lotufo lembra ainda que o álcool evapora muito rápido e, se o vapor entrar em contato com o fogo, o frasco pode explodir.
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