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Proteína

Estudo desvenda mecanismo com resistência à quimioterapia

BBC Brasil
06 ago 2012 às 12:50

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- BBC Brasil/Reprodução
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Uma pesquisa de cientistas americanos afirma que uma proteína está ligada ao mecanismo que gera a resistência à quimioterapia em pacientes que sofrem de câncer.

Em um artigo publicado na revista científica Nature Medicine, os pesquisadores afirmaram que a quimioterapia leva células especializadas em curar feridas em volta dos tumores a produzirem uma proteína que ajuda o câncer a resistir ao tratamento.

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Cerca de 90% dos pacientes com casos de câncer na próstata, mama, pulmão e intestinal que sofrem metástase, quando o câncer se espalha, desenvolvem resistência à quimioterapia.

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O tratamento para estes casos é feito com intervalos, para que o corpo do paciente possa se recuperar da toxicidade da quimioterapia. Mas estes intervalos permitem que as células do tumor se recuperem e desenvolvam a resistência.

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No estudo dos pesquisadores do Centro de Pesquisa do Câncer Fred Hutchinson, em Seattle, analisaram células fibroblásticas, que normalmente têm um papel muito importante na recuperação em casos de feridas e na produção de colágeno, o principal componente de tecidos de ligação, como os tendões, por exemplo.


A quimioterapia gera danos no DNA, o que faz com que estas células produzam uma quantidade de uma proteína chamada WNT16B trinta vezes maior do que deveriam.

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Esta proteína é o "combustível" que faz com que as células cancerosas cresçam e invadam tecidos que cercam o tumor além de causar a resistência à quimioterapia.


Já se sabia que esta proteína estava envolvida no desenvolvimento do câncer, mas não na resistência ao tratamento.

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Eficácia do tratamento
Os cientistas esperam encontrar uma forma de cortar esta resposta destas células e melhorar a eficácia do tratamento do câncer.


"As terapias para o câncer estão evoluindo cada vez mais para serem muito específicas", disse Peter Nelson, o pesquisador que liderou o estudo.
"Nossas descobertas indicam que o microambiente do tumor também pode influenciar o sucesso ou fracasso de terapias mais precisas", acrescentou.

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Fran Balkwill, especialista em microambiente de tumores na organização de caridade britânica Cancer Research UK afirmou que esta e "outras pesquisas mostram que tratamentos de câncer não afetam apenas células cancerosas, mas também podem atingir células dentro e em volta dos tumores".


"Às vezes isto pode ser bom, por exemplo, a quimioterapia pode estimular as células do sistema imunológico a atacarem os tumores."


"Mas, este trabalho confirma que células saudáveis que cercam o tumor também podem ajudar o tumor a desenvolver resistência ao tratamento", disse.

"O próximo passo é encontrar formas de atingir estes mecanismos de resistência e ajudar tornar a quimioterapia mais eficaz", acrescentou.


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