Para discutir o planejamento da vida reprodutiva de mulheres soropositivas, assim como promover a garantia e o exercício dos direitos sexuais e reprodutivos para todos, o Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) apoiou a realização do estudo "GENIH: Gênero e Infecção pelo HIV – estudos sobre práticas e decisões relativas à saúde sexual e reprodutiva".
Realizado no município de São Paulo, e a divulgação dos resultados preliminares de outro documento, intitulado "Saúde Sexual e Reprodutiva de Mulheres Vivendo no Contexto da Epidemia do HIV/Aids em Porto Alegre", realizado na capital gaúcha com usuárias da atenção básica e serviços especializados.
Ambas pesquisas compõem um conjunto de iniciativas que visam a suprir as lacunas de conhecimento sobre questões reprodutivas de mulheres vivendo com HIV/Aids (MVHA) no Brasil.
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Em entrevista ao UNFPA, duas das responsáveis pelas pesquisas, Regina Maria Barbosa (Núcleo de Estudos de População "Elza Berquó"/Unicamp) e Daniela Knauth (Núcleo de Pesquisa em Antropologia do Corpo e da Saúde/UFRGS), contaram os detalhes que mais chamaram atenção nos perfis das usuárias dos serviços – as que vivem com e sem o vírus – sobre a realidade de MVHA que fazem laqueaduras como estratégia de contracepção, ou aquelas que são vítimas de violência de gênero, o que amplia em maior risco de (re)infecção.