Estudos clínicos usando remédios antivirais preventivos mostraram uma alta eficácia na redução de casos de infecção do vírus HIV entre homens que fazem sexo com homens. O Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS (UNAIDS) parabenizou, nesta quarta-feira (25), o anúncio dos resultados, apresentados na Conferência sobre Retrovírus e Infecções Oportunistas, em Seattle, nos Estados Unidos.
O estudo, realizado no Reino Unido, envolvendo 500 homens que fazem sexo com outros homens e com alto risco de infecção, descobriu que aqueles que tomavam uma pílula de tenofovir e emtricitabine eram 86% menos propícios a contraírem o HIV do que os que não participavam do estudo. Os mesmos resultados foram obtidos na França e Canadá, onde os participantes tomaram quatro pílulas, duas antes e duas depois do ato sexual.
Um terceiro estudo, realizado em Quênia e Uganda, analisou casais sorodiscordantes – quando apenas um parceiro convive com o HIV. Os remédios profiláticos pré-exposição (PrEP) eram administrados ao parceiro HIV negativo, enquanto o soropositivo recebia terapia antirretroviral. O resultado da análise alcançou 96% de eficácia na prevenção de novos casos e sugere que o PrEP poderia servir como uma "ponte" para reduzir novas infecções entre o início do tratamento da pessoa convivendo com HIV até o momento quando há uma redução do risco de transmissão.
Leia mais:
Investigação sobre desvios em compra de vacina da Covid volta ao STF, e PGR analisa em segredo
Droga injetável contra HIV é eleita descoberta de 2024 pela revista Science
Estudo sugere que consumo de chocolate amargo está ligado à redução no risco de diabetes tipo 2
Lula tem alta da UTI e passa a ter cuidados semi-intensivos no hospital
"Esses resultados são uma inovação no avanço dos esforços para fornecer opções de prevenção do HIV efetivas para homens que fazem sexo com homens e para casais sorodiscordantes", afirmou o diretor executivo do UNAIDS, Michel Sidibé.