A campanha "Ajude o João a Viver" está sendo realizada virtualmente por uma família londrinense. João Pedro tem dois anos e sofre de uma síndrome que afeta todos os órgãos do aparelho digestivo.
Para que ele tenha mais chances de melhora, será necessário fazer um transplante múltiplo de órgãos nos Estados Unidos. A cirurgia é delicada e não é realizada no Brasil. A síndrome de Berdon é uma anomalia congênita que causa desmobilidade intestinal e disfunção urinária, também denominada como Pseudo Obstrução Intestinal Idiopática. A doença faz com que a criança tenha evacuações intestinais esporádicas, normalmente provocadas por lavagem intestinal.
Segundo Avelita Barbosa da Silva, mãe do João Pedro, ele vem sendo atendido no Hospital Pequeno Príncipe de Curitiba e no Hospital Universitário de Londrina (HU). "O João passou por uma complicação grave, recentemente e teve que fazer uma cirurgia para remover todo o intestino delgado no Pequeno Príncipe. Ficamos em Curitiba do dia 11 de janeiro até duas semanas atrás. Agora estamos em Campo Largo, mas pretendemos voltar para Londrina", explica.
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Atualmente, não há nenhum hospital no Brasil que realize este tipo de serviço, envolvendo o transplante intestinal e de múltiplos órgãos.
De acordo com o Ministério Público (MP), os gastos da cirurgia e as despesas do João, que custam US$ 2,5 milhões, serão arcadas pelos órgãos federais.
Por isso, a família está realizando a campanha virtual para conseguir arrecadar fundos para auxiliar na fase de recuperação da criança e também para que a mãe possa acompanhá-lo e pagar por algum procedimento emergencial que o Sistema Único de Saúde (SUS) demore a entregar ou não cubra.
"Pelo o que os médicos me falaram, depois do transplante, será em torno de 1 ano para a recuperação e, além disso, será necessário um cateter importado, que demora para chegar pelo SUS. Então, eu pretendo comprá-lo para agilizar o procedimento", afirma.
Acesse aqui e conheça a campanha, que foi iniciada no dia 26 de janeiro em um site de financiamento coletivo.
"Caso ele não resista, todo o dinheiro arrecadado será doado ao Hospital Pequeno Príncipe, no qual a criança passou pelos procedimentos cirúrgicos e tratamentos", diz o tio do pai da criança, Celso Aurélio da Silva.
Além deste site, a família conta com apoio de cantores sertanejos, que estão ajudando a divulgar o caso e conseguir doações.