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Filtro de água com nanotecnologia mata bactérias

Redação Bonde
02 set 2010 às 15:26

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- Reprodução
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Cientistas da Universidade Stanford, nos Estados Unidos, desenvolveram um novo tipo de filtro de água para matar bactérias. O objetivo é usar o aparelho, que funciona rapidamente e tem baixo custo, em países em desenvolvimento.

O funcionamento do filtro se baseia na nanotecnologia. Ele é formado por fios de prata e tubos com medidas na casa da bilionésima parte do metro. Em vez de reter as bactérias para limpar a água, como fazem outros filtros, o novo modelo mata os micro-organismos.

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As bactérias são mortas ao passar pelo campo elétrico existente na superfície altamente condutora do filtro. Nos testes realizados foram mortas 98% das bactérias Escherichia coli, expostas a 20 volts de eletricidade por vários segundos.

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O filtro é formado por várias camadas de tecido de algodão, reunidas em um "sanduíche" de 6 centímetros de espessura.

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"Esse é um novo método de tratamento para eliminar patógenos da água, que pode ser facilmente utilizado em áreas remotas nas quais as pessoas não têm acesso a tratamentos químicos como os que utilizam cloro", disse Yi Cui, professor associado de ciência de materiais e engenharia de Stanford e um dos autores da pesquisa.


Cólera, tifo e hepatite são algumas das doenças ligadas ao consumo de água contaminada com microrganismos, um sério problema nos países mais pobres. Segundo Cui, a nova tecnologia poderá ser empregada em sistemas de purificação de pequenas vilas ou mesmo de cidades.

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Filtros que prendem as bactérias devem ter poros suficientemente pequenos para segurar os patógenos, evitando que atinjam a água. Mas isso limita o fluxo de água limpa.


Como o modelo desenvolvido agora mata as bactérias, mas não as prende, a água é limpa muito mais rapidamente. "Nosso filtro é cerca de 80 mil vezes mais rápido do que os outros que retêm bactérias", disse Cui. Os resultados foram publicados no periódico Nano Letters, da Sociedade de Química dos EUA.

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Os poros maiores do novo filtro, para reter resíduos sólidos e outras impurezas, também fazem com que o equipamento entupa menos do que os demais, resultando em uma manutenção mais fácil.


A corrente que mata as bactérias tem apenas alguns miliamperes e pode ser fornecida facilmente por uma bateria de automóvel. A corrente também pode ser produzida por um dispositivo a manivela.


Na próxima etapa da pesquisa, os cientistas vão analisar a eficiência do filtro com outros tipos de microrganismos e experimentar filtros sucessivos.

"Com um filtro, matamos 98% das Escherichia coli. Mas, para água de beber, não queremos nenhuma bactéria. Para isso, vamos experimentar a filtragem em vários estágios", disse Cui (com agência Fapesp).


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