O fornecimento da vacina pentavalente, que protege contra difteria, tétano, coqueluche, hepatite B e hemófilo B, será interrompido nos postos públicos de saúde até novembro. A falta do imunizante, que já é sentida em vários postos do Sistema Único de Saúde, deverá se agravar até o fim do ano, em consequência da reprovação do produto, que era importado da Índia. Os primeiros problemas da vacina, produzida pela empresa Biologicals E. Limited, foram identificados no início do ano. Três lotes foram reprovados pelo INCQS (Instituto Nacional de Qualidade em Saúde). A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), em junho, reprovou a importação.
De acordo com o Ministério da Saúde, novas compras com outros fornecedores para atender a demanda do País já foram realizadas. A entrega dos imunizantes, contudo, será feita de forma escalonada. Os primeiros carregamentos devem chegar apenas em novembro, se cumprido o calendário prometido. A demora na entrega é atribuída à dificuldade na produção.
Todos os meses, 800 mil doses da vacina são aplicadas no País. Há, ainda, uma demanda que não foi atendida nos meses últimos meses.
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O Ministério da Saúde informou que, regularizados os estoques, equipes de saúde deverão fazer uma busca ativa para localizar as crianças que não foram imunizadas. A falta da vacina ocorre às vésperas da campanha de multivacinação anunciada pelo governo. A iniciativa, prevista para outubro, tem como principal objetivo melhorar a cobertura vacinal contra o sarampo, em virtude do surto que atinge diversos Estados do País. A campanha, no entanto, serviria também para atualizar as outras vacinas, como a pentavalente. Com a ausência do imunizante, o alcance da campanha será em parte comprometido.
A cobertura vacinal no País está em queda. Nos últimos dois anos, os indicadores, considerados adequados, caíram de forma expressiva.
Em nota, o Ministério da Saúde informou não haver dados que indiquem emergência das doenças protegidas pela pentavalente. A pasta informa, no entanto, haver estoques suficientes para ações de bloqueio, caso surtos ocorram.