Os medicamentos genéricos alcançaram a marca histórica de 25,4% de participação de mercado no primeiro trimestre de 2012. De acordo com a Associação Brasileira das Indústrias de Medicamentos Genéricos (Pró Genéricos), de janeiro a março foram comercializadas 152,8 milhões de unidades, o que representou evolução de 23,5% em relação aos 3 primeiros meses de 2011. Em valores, as vendas das indústrias do setor somaram R$ 2,4 bilhões contra R$ 1,772 bilhão aferidas no primeiro trimestre de 2010, consolidando alta de 35,4%.
O mercado farmacêutico total, incluindo todas as categorias de medicamentos, também apresentou crescimento no período. As vendas totais da indústria apresentaram evolução de 10%, menos da metade do desempenho apresentado pela comercialização de genéricos. O conjunto da indústria registrou vendas de 598,7 milhões de unidades entre janeiro e março de 2012 contra 544,3 milhões em igual período de 2011, fechando com alta de 10%.
Excluindo a participação dos genéricos do total da indústria, a evolução do mercado foi menor: 6% em unidades. Para o presidente da Pró Genéricos, Odnir Finotti, o indicador reflete claramente o peso que os genéricos têm hoje na indústria farmacêutica brasileira. "Somos o setor economicamente mais dinâmico da indústria. Seguiremos crescendo nesses patamares e esperamos alcançar 30% de participação de mercado ainda em 2012", afirma o executivo.
Leia mais:
58 milhões de vacinas da Covid vencem no estoque federal; perda nos municípios é maior
Dia Nacional de Combate ao Câncer Infantil é neste sábado
OMS anuncia que mpox ainda figura como emergência em saúde pública global
Anvisa atualiza regras sobre o uso dos 'chips da beleza'
O presidente da Pró Genéricos aponta com otimismo para uma tendência que deverá se consolidar nos próximos meses: uma maior participação dos genéricos de nova geração na receita do setor. Essas drogas, de acordo com Finotti, tiveram patente vencida mais recentemente e chegaram há pouco tempo no mercado. "São drogas mais modernas, ainda mais eficazes e por isso possuem maior valor agregado", explica.
O consumidor brasileiro também segue se beneficiando dos genéricos. Desde que os medicamentos chegaram ao mercado brasileiro, em 2001, a população já economizou R$26,7 bilhões em compras com medicamentos. Essa economia é ainda maior quando se observa que a concorrência com os genéricos vem obrigando os medicamentos de referência a reduzirem seus preços em no mínimo 30%. "Os genéricos estão entre as maiores conquistas da saúde publica no Brasil. Uma parcela significativa da população compra medicamentos hoje graças aos genéricos", conclui Odnir Finotti.