O incentivo ao diagnóstico e o combate ao tratamento tardio também refletiu na redução da mortalidade e a morbidade do HIV. Desde 2003, houve um queda de 15,6% na mortalidade dos pacientes com aids no País. A taxa caiu de 6,4 óbitos por 100 mil habitantes em 2003 para 5,4 óbitos por 100 mil habitantes em 2014.
Esses dados apontam para a efetividade da adoção da política de combate ao HIV e aids no País, que este ano comemora 30 anos de história. A portaria 236/95, que estabeleceu as primeiras diretrizes para um programa amplo de controle da doença em todo o território nacional, foi publicada em maio de 1985.
Todas essas medidas demonstram também a disposição do País de alcançar o cumprimento da meta 90-90-90 (90% de pessoas testadas, 90% tratadas e 90% com carga viral indetectável) até 2020. A meta foi estabelecida pelo Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/aids (UNAIDS). Vale ressaltar que atualmente o País já se encontra em estágio avançado para o alcance dessas metas.
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Com relação à testagem, faltam apenas 11% para o alcance da meta Com relação às duas outras metas, faltam 30% para alcance do tratamento e 35% para meta de carga viral indetectável. Além disso, das pessoas atualmente em tratamento, 88% estão com supressão da carga viral, ou seja, não apresentam mais o vírus na corrente sanguínea, o que contribui para diminuir a sua circulação.
O Brasil tem adotado, ao longo dos anos, e principalmente nos últimos dois anos uma série de medidas de ampliação da testagem de HIV em populações-chave a facilitação do acesso de medicamentos, com a incorporação de novas formulações mais fáceis de serem utilizadas pelas pessoas vivendo com HIV e aids.
Como resultado deste cenário, uma das mais importantes publicações científicas da área médica, a revista britânica The Lancet divulgou, em julho de 2014, estudo mostrando que o tratamento para aids no Brasil é mais eficiente que a média global. Segundo o estudo, as mortes em decorrência do vírus HIV no país caíram a uma taxa anual de 2,3% entre 2000 e 2013, enquanto a média global apresenta uma queda de 1,5% ao ano.