O secretário estadual da Saúde, Michele Caputo Neto, determinou nesta sexta-feira (27) o envio imediato de um lote de medicamentos para reforçar a retaguarda de atendimento no município de Loanda, no Noroeste do Estado, por conta da epidemia de dengue. O carregamento deve abastecer o hospital municipal e as unidades de saúde de referência para casos clássicos e graves da doença.
Além disso, o Governo do Estado já deslocou uma camionete "fumacê" ao município para reforçar as ações de combate ao mosquito transmissor da doença, o Aedes aegypti. O objetivo é eliminar a forma alada do mosquito com a aplicação de inseticida próprio em todos os bairros da cidade.
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As ações fazem parte do apoio do governo estadual para auxiliar o município nas medidas para conter o avanço da doença em Loanda. Uma equipe da 14ª Regional de Saúde de Paranavaí também está na cidade para prestar todo o apoio técnico e logístico no enfrentamento da epidemia.
De acordo com secretário, o Governo do Estado destina a mesma atenção a todos os municípios que estão em situação crítica em relação à dengue. "Estamos à disposição das prefeituras para auxiliar no que for preciso. Contudo, cada um deve fazer a sua parte para evitar que a situação se agrave", destacou Caputo Neto.
NÚMEROS - De agosto de 2014 até agora, já foram confirmados 122 casos de dengue em Loanda. O número colocou a cidade em situação de epidemia porque a taxa de incidência de casos já é superior a 300 confirmações para cada grupo de 100 mil habitantes.
Nesta sexta-feira, a Secretaria Estadual da Saúde divulgou também a conclusão das investigações que confirmaram a ocorrência da segunda morte por dengue no Paraná em 2015. Trata-se de um homem de 50 anos, que morreu em 16 de fevereiro no Hospital Santa Catarina, em Loanda.
De acordo com relatório médico, ele tinha uma doença crônica chamada esclerodermia, cujo tratamento à base de corticóides pode ter contribuído para o agravamento do quadro de dengue. O homem era morador de Loanda e os exames foram feitos pelo Laboratório Central do Estado.
A primeira morte do ano no Paraná foi confirmada em São João do Caiuá, outro município na lista de 10 cidades hoje em epidemia no Estado. Completam a relação Marilândia do Sul, Uraí, Itaúna do Sul, Paranapoema, São Pedro do Paraná, Rio Bom, Jataizinho e Riacho Alegre do Oeste.
Desde setembro do ano passado, sete municípios epidêmicos já receberam a aplicação do fumacê. Os outros três estão atuando com os chamados UBVs costais, que podem ser utilizados dentro de casa O Estado também liberou 12 veículos fumacê para realizar o trabalho em Londrina, que registra 145 casos no atual período epidemiológico.
REGIÕES DE RISCO - Em todo o Paraná, já são 1.540 casos de dengue confirmados. A maior parte está concentrada nas regiões Noroeste e Norte do Estado, sobretudo nas cidades que compõe a 14ª Regional de Saúde de Paranavaí (651 casos), 17ª Regional de Saúde de Londrina (282 casos) e 16ª Regional de Saúde de Apucarana (167 casos).
A chefe do Centro Estadual de Vigilância Ambiental, Ivana Belmonte, explica que a melhor forma de prevenir novos casos de dengue é intensificar o trabalho de eliminação manual de potenciais criadouros.
"O mosquito só se prolifera se encontrar um ambiente propício para sua reprodução. Isso acontece a partir da união da água parada com calor, comum nesta época do ano. Por isso, é preciso voltar às atenções as nossas casas, verificando sempre se há algum objeto ou local que possa se tornar um criadouro", afirmou.
Veja algumas medidas para prevenir a dengue:
- Evitar o acúmulo de lixo e entulhos;
- Deixar sacolas e recipientes com lixo fechados;
- Manter as caixas d’água, galões, tonéis ou tambores sempre vedados;
- Remover a sujeira das calhas e ralos;
- Não deixar pneus com água e em lugares descobertos;
- Deixar garrafas ou baldes com a boca para baixo;
- Verificar bandejas de ar-condicionado e geladeiras mantendo-as limpas e sem água;
- Colocar areia até a borda nos pratos de vasos de flores e plantas;
- Manter vasos sanitários sem uso fechados;
- Tratar a água de piscinas e fontes uma vez por semana;
- Esticar lonas para não formar poças;
- Lavar os recipientes de água dos animais uma vez por semana;