O Governo do Paraná interditou cautelarmente todos os lotes do complemento alimentar Profenil 1, 2 e 3. A Vigilância Sanitária Estadual já havia interditado, também cautelarmente, em fevereiro, o Profenil 2 – Lote 07N042-22, após receber relatos de pacientes que tiveram reações adversas ao consumirem o produto.
O complemento alimentar é consumido regularmente por crianças e adultos com fenilcetonúria, uma doença rara. O paciente fenilcetonúrico nasce sem a habilidade de quebrar adequadamente um aminoácido chamado fenilalanina, encontrado nos alimentos ricos em proteínas. A doença é diagnosticada a partir de exames de sangue e do teste do pezinho em bebês recém-nascidos.
Atualmente, 657 pacientes paranaenses recebem o complemento alimentar através da parceria entre Governo do Estado e a Fundação Ecumênica de Proteção ao Excepcional (Fepe).
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Reações adversas
No mês de fevereiro, a Fepe já havia notificado a Secretaria da Saúde sobre a ocorrência de reações adversas em dez pacientes que consumiram o Profenil 2, indicado para crianças de 1 a 8 anos.
"Os pacientes tiveram enjoo, vômito, diarreia, inapetência e gengivite", explica o superintendente de Vigilância em Saúde, Sezifredo Paz. Naquele momento o Centro de Medicamentos do Paraná (Cemepar) providenciou a substituição do produto.
No mês de abril, novamente houve relatos de pacientes que consumiram lotes diferentes do produto, inclusive lotes de Profenil 1 e Profenil 3, indicados para outras faixas etárias. Além disso, a Secretaria da Saúde do Paraná recebeu o relatório de inspeção emitido pela Vigilância Sanitária do Estado de Goiás, relatando que a empresa fabricante do Profenil não faz o controle da presença da fenilalanina lote a lote dos seus produtos.
"Com informações complementares, avaliamos e optamos por interditar cautelarmente todos os lotes do profenil", explica o coordenador do Centro Estadual de Vigilância Sanitária, Paulo Costa Santana.
Compra emergencial
A partir da interdição, o Centro de Medicamentos do Paraná (Cemepar) fará a compra emergencial de outro produto similar, em substituição ao produto interditado. A Secretaria da Saúde já enviou amostras do produto para o Laboratório Central (Lacen), Laboratório da Fundação Ezequiel Dias (Funed/MG) e para o Instituto Tecnológico de Alimentos (Ital) e aguarda os resultados.