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Desinteresse em concursos

Governo tem dificuldade de contratar médicos no Paraná

Agência Estadual de Notícias
09 fev 2010 às 15:28

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- Reprodução
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A ausência de inscritos, em algumas especialidades e regiões, nos concursos públicos para médicos e a falta de candidatos aprovados estão dificultando a contratação de profissionais para a expansão da rede estadual de saúde, em execução pelo Governo do Paraná.

O alerta foi feito na reunião da Escola de Governo desta terça-feira (9), pela secretária de Estado da Administração e da Previdência, Maria Marta Lunardon.

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Maria Marta explicou que desde 2004 foram abertos cinco concursos públicos. Esses processos tiveram, entre as mais variadas funções de profissionais e técnicos para a área de saúde, vagas para médicos, em diversas especialidades.

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No mais recente deles, em andamento desde o segundo semestre de 2009, não houve candidatos aprovados para um total de 124 postos (equação que leva em conta especialidades, especialidades por região e por unidade de saúde).

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E, mais preocupante, informou a secretária: desses 124 postos, em 108 não houve candidatos inscritos. Para o hospital de Francisco Beltrão, por exemplo, o concurso não conseguiu candidatos para 21 especialidades. Ponta Grossa (sem 12 especialidades preenchidas), Lapa (dez) e Paranaguá (nove) foram outros casos mencionados por Maria Marta.


"O Estado ficou muito tempo sem realizar concurso dessa amplitude. Lançamos, no ano passado, dois editais de concursos para várias funções e especialidades. Mas, diante dessas dificuldades, teremos de tomar novas providências. Rever a remuneração e abrir novo concurso, que avalie não só a competência profissional e intelectual dos candidatos, como também a sua disposição, o seu comprometimento com a saúde pública", disse a secretária da Administração.


SALÁRIOS - Aumentar a remuneração de médico é a necessidade apontada pelo governador Roberto Requião. Na avaliação dele, o salário de médico na rede estadual de saúde está "muito baixo", principalmente se comparado a outras carreiras do Poder Executivo, como as jurídicas (advogados e procuradores), com remuneração até cinco vezes maior.

"Já que o Estado não pode pagar um salário (em função dos entraves legais e burocráticos) de R$ 10 mil para o médico, acaba terceirizando e pagando R$ 20 mil para o lucro de uma empresa. Temos que encontrar uma solução, porque esta da terceirização é a pior possível", disse Requião.


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