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Doença autoimune

HC testa remédios contra artrite incorporados ao SUS

Redação Bonde
24 set 2012 às 10:35

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- Divulgação
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O Ministério da Saúde vai incorporar à rede pública, até março de 2013, cinco novos medicamentos de ponta contra a artrite rematóide, uma doença autoimune que provoca inflamações graves.

Os remédios abatacepte, certolizumabe pegol, golimumabe, tocilizumabe e rituximabe, de ação mais específica, serão usados por pacientes com as formas severa e moderada da doença e que não responderam ao tratamento tradicional. Eles são agentes biológicos produzidos a partir de seres vivos geneticamente modificados (bactérias).

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Com exceção do certolizumabe pegol, os medicamentos foram avaliados pela equipe do chefe de Reumatologia do Hospital de Clínicas (HC) da Universidade Federal do Paraná (UFPR) Sebastião Radominski. Segundo ele, estudos de fase dois e três avaliam dados de eficácia e segurança produzidos em vários centros de pesquisas em todo o mundo. "Caso o medicamento se mostre eficaz e seguro após as análises estatísticas, o estudo é publicado em uma revista médica de impacto internacional e, a seguir, é solicitada a aprovação do registro nas agências regulatórias. Essa sequência serve para qualquer medicamento novo. Com relação a esses novos medicamentos para a artrite rematóide, os resultados foram favoráveis e, por isso, eles foram aprovados", explicou o pesquisador clínico.

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Nessas fases dois e três dos estudos também são construídas as bulas dos medicamentos, que relatam todos os dados da eficácia e os efeitos colaterais.

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Pacientes - Atualmente, a equipe pesquisa mais quatro novos medicamentos para o tratamento da doença. "Alguns estudos já encerraram o recrutamento, mas ainda estamos aceitando pacientes, desde que estejam de acordo com as exigências do protocolo já aprovado no Comitê de Ética do Hospital de Clínicas e da Comissão Nacional de Ética em Pesquisa", comentou Radominski. A equipe do professor estuda, ainda, um novo medicamento contra osteoporose, para o qual também recruta pacientes.


De acordo com o pesquisador, os novos medicamentos incorporados ao SUS trazem um ganho de qualidade aos fármacos disponíveis para o tratamento da artrite, pois contam com alvos terapêuticos mais específicos e menos efeitos colaterais. "São medicamentos caros, que só conseguimos através de ações judiciais e que, agora, poderão ser dispensados quando indicados corretamente, por forma administrativa e não mais judicial".

A doença - A artrite rematóide é a doença mais incapacitante entre as crônicas, incluindo as cardiopatias, diabetes, doenças neurológicas e insuficiência renal crônica. Ela atinge de 1 a 2 % da população adulta e é a principal causa de próteses totais de quadril e fêmur antes dos 50 anos no Brasil e no mundo.


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