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Cuidado

Hepatites podem ser transmitidas em salões de beleza

Redação Bonde
02 set 2010 às 15:26

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Fazer as mãos e os pés em salões de beleza. Esse hábito tão normal entre milhares de mulheres as expõe a diversas situações de risco. Entre elas, o contágio da hepatite B e C, que ocorre na maioria das vezes por descuido desses profissionais que acabam tendo contato com o sangue ao manusear objetos cortantes.

Além do alicate de cutícula, o palito de madeira utilizado para limpar a unha também pode ser um meio de contaminação entre os profissionais e clientes.

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A exposição à doença pela falta de cuidados com a esterilização dos instrumentos de trabalho e o desconhecimento sobre as maneiras de contágio da hepatite fazem aumentar o risco de transmissão da doença.

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"O ideal é que cada pessoa leve o seu próprio material quando for ao manicure. Isso evitaria a transmissão não apenas da hepatite, mas também de outras doenças", afirma o coordenador do Programa de Hepatites Virais da Secretaria de Estado da Saúde, Renato Lopes. "Porém, na impossibilidade de ter o próprio kit com material devemos ter outros cuidados para evitar a doença", acrescenta.

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De acordo com Lopes, outra forma de prevenção da doença em ambientes como esse é de averiguar a higiene do local. "Podemos nos prevenir avaliando bem o local onde vamos e os cuidados de higiene que esses profissionais tem em seus ambientes de trabalho, além de escolher salões com licenciamento da Vigilância Sanitária", aconselha.


Outro perigo é que os vírus da hepatite permanecem dias num aparelho como o alicate de unha se este não for devidamente esterilizado. "Mesmo em pequenos volumes o vírus pode contaminar uma pessoa que tenha um ferimento minúsculo". Segundo Lopes, o HIV, por exemplo, também pode ser transmitido acidentalmente, mas é necessário um volume infinitamente maior de sangue.


A esterilização desses equipamentos deve ser feita em pequenas estufas, como as usadas em hospitais e devem atingir, em média, 160º a 170º e por um período de no mínimo uma hora. O palito de madeira não tem como esterilizar e deve ser jogado fora.

Nos últimos quatro anos, mais de 6 mil pessoas foram diagnosticadas e notificadas com a doença em todo o estado. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), a doença pode acometer cerca de 1% da população mundial (com site AEN).


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