O Ministério da Saúde estimou recentemente que mais de 640 mil brasileiros são portadores de vírus causadores da herpes. A doença, que não tem cura, pode se manifestar na região genital, na boca e nos olhos também. "Todos os portadores de herpes correm o risco de ter seus olhos atingidos. Na sua forma ocular, a herpes pode causar uma inflamação na superfície ou mesmo na parte interna do olho, provocando uma uvete", explica o oftalmologista do Hospital Oftalmológico de Brasília (HOB), Victor Saques Neto.
A herpes uma doença sexualmente transmissível (DST) que se manifesta principalmente na pele, causada por dois tipos de vírus: o Herpes Simples Vírus (HSV) e o Varicela Zoster. O primeiro se divide em dois tipos, o 1 e o 2, com transmissão pelo contato físico. O HSV -1 geralmente se manifesta em feridas no rosto e na região labial. J o HSV-2 mais comum nas genitais. "Tanto as variações Simples quanto Zoster manifestam-se nos olhos e podem trazer prejuízos visão de seus portadores", alerta o especialista.
Nos olhos - Segundo o médico do HOB, as manifestações do vírus são indicadas por sinais que vão desde vermelhidão ocular, fotofobia, lesões na pálpebras até a perda da viso central. "Os indivíduos que perceberem esses sinais, mesmo que não saibam se são ou não portadores do vírus da herpes, devem procurar um oftalmologista com urgência", aconselha Saques Neto. Sem o tratamento adequado, os danos podem ser agravados. O quadro pode evoluir de pequenas vesículas, inchaços e vermelhidão das pálpebras para lesões na córnea, as chamadas ceratites herpáticas. Há risco de inflamções o que causa a uvete herpática e na retina ocorrem lesões que podem comprometer a visão.
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Tratamento - A herpes não tem cura, tem tratamento. As infecções são tratadas com antivirais e as manifestações oculares requerem medicamentos apropriados. "Para tratar a herpes ocular indicada uma pomada específica quando as feridas são externas e medicamentos de via oral para tratar manifestações do vírus no interior do olho", explica o especialista do HOB.
Contágio - Os principais cuidados estão relacionados ao tratamento e ao contágio da doença.
O contágio ocorre por meio do contato direto do vírus com o organismo e os cuidados com a higiene são essenciais. "Como nas demais DSTs, o uso de preservativos durante as relações sexuais diminui o risco de contaminação. Além disso, importante reforçar o hábito de higienizar as mãos com frequência e evitar tocar os locais infectados. Itens de uso pessoal como copos, talheres e escovas de dentes não devem ser compartilhados diante deste diagnóstico", orienta Saques Neto (com ATF Comunicação Empresarial).