Será no próximo dia 13 de dezembro, às 10 horas, a inauguração de três andares da nova ala do Hospital do Câncer de Londrina. A obra foi financiada com recursos do Governo do Estado e também com doações da comunidade, através da campanha "Doe um metro quadrado". Prefeitos de quase setenta municípios e o governador Beto Richa já confirmaram presença na solenidade, que deverá contar também com a participação de muitos doadores voluntários.
Nesta primeira fase, serão entregues o subsolo, onde vão ser realizados exames de imagem como ultrassonografias, ressonâncias magnéticas e tomografias computadorizadas; o térreo, que abrigará uma moderna sala de espera; e o primeiro andar, utilizado para novos consultórios médicos.
"A nova sala de espera foi projetada para dar conta da demanda de 1,3 mil atendimentos realizados pelo hospital diariamente", conta a arquiteta Iracema Fabian, que trabalhou voluntariamente para viabilizar a obra. Ela acredita que a nova estrutura será suficiente para receber todas as pessoas que, hoje, muitas vezes esperam na calçada por falta de espaço. "A sala tem excelente padrão, com porta automática, piso porcelanato, rodapé de granito e poltronas do tipo das de aeroporto", exemplifica. Também serão entregues três dos cinco novos elevadores previstos.
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O projeto da nova ala contempla oito andares. As obras das áreas já inauguradas estão totalmente pagas, mas a instituição precisa de recursos para terminar e equipar o prédio. "Por isso, a campanha de doação do metro quadrado continua", enfatiza Iracema, explicando que o custo de cada M² é de R$ 1,5 mil, com possibilidade de parcelamento.
A contribuição dos voluntários é fundamental para o Hospital do Câncer. Graças à ajuda da comunidade, em 2013 o prédio antigo da instituição passou por uma grande reforma, com ampliação da UTI de oito para 12 leitos. As salas de cirurgia do Centro Cirúrgico aumentaram de quatro para nove.
Iracema lembra que o responsável por "plantar a semente" do novo prédio foi o engenheiro Antônio Carlos do Nascimento, o Baiano, que faleceu de câncer em abril deste ano. Já doente, ele foi o idealizador da campanha de doação do metro quadrado. Funcionários do hospital contam que, mesmo fraco, ele acompanhava as doações pelo laptop e comemorava a cada entrada de recursos.