A família de um bebê de três meses acusa os médicos do Pronto-Socorro Infantil Municipal de Ibiúna, a 65 km de São Paulo, de terem liberado a criança ainda viva para uma funerária da cidade. O bebê teria chorado no carro fúnebre, quando o caixão era levado para ser preparado para o velório. Os pais exigiram que o caixão fosse aberto e teriam constatado que a criança - uma menina - ainda tinha sinais vitais. O bebê foi levado de volta ao hospital, onde a morte foi confirmada. A Polícia Civil vai apurar o caso.
De acordo com a mãe, Denilza Rodrigues Borba, a criança passou mal ontem, e foi levada para o pronto-socorro. Logo depois o médico informou que o bebê tinha morrido. Como ele tinha recebido vacina contra tétano, a mãe achou que essa poderia ter sido a causa da morte e pediu que isso constasse do atestado de óbito.
O médico se recusou a fazer o documento. O corpo, num pequeno caixão, foi entregue a uma funerária. Quando o veículo fúnebre parou na frente do pronto-socorro, uma pessoa chamou a atenção de Denilza, alegando que o bebê tinha chorado. A mulher e o pai da criança, Anderson de Oliveira, exigiram que o caixão fosse aberto.
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Conforme Denilza, o bebê estava quente e apertou sua mão. Uma tia de Denilza, Maria Almeida, disse que o bebê respirava pelo nariz. A criança foi levada novamente ao hospital, onde outro médico confirmou a morte. A Delegacia de Polícia registrou o caso como "morte suspeita" e encaminhou o corpo ao Instituto Médico Legal. O laudo deve ficar pronto na próxima semana. A diretora administrativa do Pronto-Socorro Infantil, Alessandra Gomes, disse que a criança já chegou morta ao hospital e os médicos nada puderam fazer. Segundo ela, todo o procedimento foi regular.