Pesquisar

Canais

Serviços

Publicidade
Publicidade
Publicidade
Aponta relatório

Impacto da zika na América Latina pode chegar a US$ 18 bilhões, diz ONU

Agência Brasil
06 abr 2017 às 20:59

Compartilhar notícia

- ONU/Aiea/Dean Calma
siga o Bonde no Google News!
Publicidade
Publicidade

Relatório da ONU lançado nesta quinta-feira (6) afirma que os custos socioeconômicos para combater a epidemia da zika na América Latina e no Caribe, no período de 2015 a 2017, deverão ficar entre US$ 7 bilhões a US$ 18 bilhões (cerca de R$ 22 bilhões a R$ 56 bilhões).

O documento, preparado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) e pela Federação Internacional da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho, tem como foco o Brasil, a Colômbia e o Suriname.

Cadastre-se em nossa newsletter

Publicidade
Publicidade


A coordenadora de comunicação do Pnud em Nova York, Carolina Azevedo, falou que o relatório "concluiu que a epidemia de zika terá um impacto significativo a curto prazo, que é o que a gente está vendo agora, e também a longo prazo, tanto nas esferas econômica como social em toda a região".

Leia mais:

Imagem de destaque
Estudo

Famílias que ganham até R$ 1.200 por mês usam 82% dos recursos aplicados no SUS

Imagem de destaque
Novos focos

Novo plano para combater câncer de colo do útero tem foco em rastreio e vacina

Imagem de destaque
Vítimas menores de 14 anos

Brasil registra mais de 11 mil partos resultantes de violência sexual, diz pesquisa

Imagem de destaque
Alerta

Sesa reforça gratuidade dos serviços ofertados pelo SUS


"Além das perdas tangíveis para o Produto Interno Bruto (PIB) e para as economias, principalmente das que dependem muito do turismo, como é o caso do Caribe, há uma pressão muito grande sobre os sistemas de saúde e isso gera consequências a longo prazo. Isso também pode impactar todos os ganhos em desenvolvimento social e em conquistas no campo da saúde que a região tem visto ao longo das últimas décadas", explicou Carolina.

Publicidade


Brasil terá maior gasto


De acordo com o relatório "Uma avaliação do impacto socioeconômica do vírus Zika na América Latina e no Caribe: Brasil, Colômbia e Suriname como estudos de caso", o Brasil e as economias maiores da região devem ter a maior parcela do custo absoluto das perdas.

Publicidade


O documento diz que, apesar do Brasil ser o país com maior gasto, os impactos mais severos serão sentidos pelas comunidades mais pobres e vulneráveis, como Haiti e Belize, que podem perder mais de 1% do PIB anual no caso de um alto nível de infecção. A região do Caribe sofrerá um impacto cinco vezes maior do que a América do Sul, por conta da perda de renda com o turismo internacional, que pode alcançar US$ 9 bilhões.


"Os custos do Brasil seriam de cerca de 14% dos custos totais da região no cenário de taxa de transmissão de linha de base do Zika, 19% no cenário de taxa de transmissão média do Zika e 26% no cenário de taxa de transmissão elevada do Zika", afirma o relatório.

Publicidade


O relatório da ONU afirma que os sistemas de resposta ao vírus enfrentam vários desafios, como uma modesta capacidade de vigilância, sistemas de prevenção e de diagnóstico. Além disso, as persistentes disparidades sociais e a desigualdade na cobertura dos serviços de saúde tornam mais difícil que as respostas nacionais alcancem os grupos mais vulneráveis," ressalta o documento.


Combate ao mosquito

Publicidade


O estudo conclui que precisa haver um preparo em estratégias de resposta regionais e nacionais. Isso tem que ser fortalecido envolvendo também as comunidades. O custo econômico considerável da zika destaca a necessidade também de controlar o vetor, o mosquito Aedes aegypti de forma integrada e multissetorial, considerando que dengue, chikunguya e febre amarela são todos espalhados pelo mesmo tipo de mosquito.


Os especialistas afirmaram que ao combater a proliferação do mosquito será possível prevenir não somente a zika mas outras epidemias. O Pnud e a Cruz Vermelha recomendam ainda que os programas de proteção e os sistemas de cuidados médicos devem ser adaptados e reforçados para alcançar às pessoas que mais precisam de ajuda, incluindo mulheres, meninas e pessoas com deficiências.

Publicidade


A diretora da agência da ONU para a América Latina e o Caribe, Jessica Faieta, disse, durante a apresentação do relatório em Nova York, que as consequências de longo prazo do vírus da zika podem provocar, além da queda do PIB, perdas no setor do turismo e a pressão nos sistemas de saúde. "Além de minar décadas de desenvolvimento social, avanços no setor da saúde e desacelerar o progresso em relação aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável".


O Pnud afirmou que a prevenção e a preparação para combater a zika e outras epidemias vão estar no topo da agenda da próxima reunião do G-20, em julho, que terá como foco emergências de saúde e gestão de crises.

Publicidade


Caribe


Das regiões analisadas, o relatório sugere que o Caribe será o mais afetado, com um impacto cinco vezes maior que o da América do Sul. "Mais de 80% das perdas potenciais em três anos devem-se à redução das receitas do turismo internacional, com o potencial de atingir um total de US$9 bilhões [cerca de R$ 28 bilhões] em três anos ou 0,06% do PIB anualmente".


Ainda segundo o relatório, embora tenha havido esforços, por parte dos três países contemplados no relatório [Brasil, Colômbia e Suriname], para controlar a propagação do vírus, as respostas nacionais enfrentaram "desafios".


Como forma de minimizar as perdas econômicas e sociais, o PNUD sugere mais investimentos em estratégias de prevenção, preparação e resposta nos âmbitos local, nacional e regional.


"É nossa esperança que este relatório ajude a mobilizar as partes interessadas – governos, comunidades, organizações internacionais, a sociedade civil e o setor privado – para realizar avaliações do Zika específicas a cada país e que permita planejar com o objetivo de melhorar a saúde e o bem-estar de todas e todos".


Estimativas


Segundo estimativas da Organização Mundial da Saúde (OMS) até quatro milhões de pessoas serão infectadas na América Latina e no Caribe até o início de 2017. Além disso, a OMS afirma, com base em outras estimativas, que entre 80 a 117 milhões de pessoas e 1,5 milhão de mulheres grávidas em todo o mundo podem vir a ser infectadas antes de a primeira onda (2015 a 2017) da epidemia terminar.

* Com informações da ONU News


Publicidade

Últimas notícias

Publicidade
LONDRINA Previsão do Tempo