Indivíduos com artrite reumatóide que praticam ioga mostraram melhora significativa na evolução da doença, segundo estudo apresentado na Reunião Anual da Liga Européia Contra o Reumatismo (EULAR), em Londres.
Os resultados do estudo realizado nos Emirados Árabes Unidos, com 47 pacientes (26 pacientes praticantes de ioga e 21 controles) demonstram que os pacientes que completaram 12 sessões de Raja Ioga - que é um dos estilos mais suaves da ioga, combinando exercício e técnicas de respiração - apresentaram melhora significativa nos escores de atividade da doença.
Dos participantes do estudo, 80% eram mulheres A idade média do grupo que praticava Raja Ioga era de 44 anos. A idade média do grupo controle era de de 46,2 anos. Os dados demográficos, índices de atividade da doença, o questionário de avaliação de saúde (HAQ) e SF-36 (padrão comumente utilizado para calcular a qualidade de vida dos pacientes) foram documentados, antes do início das sessões, e, após a realização de 12 sessões de yoga (com MW- Consultoria de Comunicação).
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"Sabemos que a maioria dos pacientes com artrite reumatóide não se exercita regularmente, e, embora o estudo da Arthritis Foundation Emirados tenha sido conduzido em um grupo pequeno de pacientes, os resultados mostram claramente os benefícios para os pacientes artríticos que praticam regularmente Raja Ioga. Acreditamos que a prática da ioga, a longo prazo, pode de fato resultar em melhorias significativas no quadro do paciente", afirma o reumatologista Sergio Bontempi Lanzotti, diretor do Instituto de Reumatologia e Doenças Osteoarticulares (Iredo).
Melhora no quadro fibromiálgico também
Resultados de um outro estudo, apresentado também durante o evento, mostraram os efeitos positivos da ioga sobre a qualidade de vida de pacientes com fibromialgia, condição que causa muita dor no corpo todo.
"Os resultados deste segundo trabalho revelaram que, após oito sessões de ioga clássica – programa que combina posturas de ioga suave, técnicas de respiração e meditação – os índices de qualidade de vida e os níveis de ansiedade dos pacientes fibromiálgicos eram melhores que os escores obtidos antes das sessões de ioga. Como a ansiedade é muitas vezes um sintoma-chave em pacientes com fibromialgia, este estudo representa um passo positivo na melhoria da qualidade de vida das pessoas que sofrem com a doença", explica o reumatologista Sérgio Lanzotti.