Aspectos botânicos: Planta da família das Piperáceas. Pequeno arbusto trepador, perene. Mede em média dois metros, podendo chegar até seis metros, folhas grandes e lisas, em forma de coração, com aproximadamente 15 centímetros. Rizoma cilíndrico e fibroso. Inflorescências altas e esbranquiçadas. Fruto pequeno, com uma única semente em seu interior.
Seu habitat é a Oceania, incluindo Papua e Nova Guiné, Tahiti, Fidji, Samoa , Hawaí, etc. Cresce em altitudes de 150 a 300 metros, existindo espécies nativas e cultivadas.
Nomes comuns: kawa-kawa, kava-kava, kava, pimenta embriagante (Europa e EUA), opu, makea, liwa y papa (Hawaí), wati (Nova Guiné), yangona, yaqona (Fidji).
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Histórico: Com os primeiros contatos entre os nativos do Pacífico e os Europeus, a kawa-kawa passou a ser conhecida no mundo ''civilizado'', sendo identificados seus usos medicinais e rituais, onde os nativos preparavam uma bebida amarga para seus visitantes, costume mantido até hoje em algumas regiões. O primeiro contato de um europeu com esta planta foi possivelmente com James Cook (1768-1771). Sua descrição botânica foi feita pela primeira vez por Johann G. Foster, e sua denominação piper, faz alusão a seu sabor picante e methysticum, seria uma tradução da palavra grega methu (bebida embriagante).
O termo kava faz alusão a seu caráter aromático nas suas regiões de origem. Segundo um historiador (De Felice), o uso da kawa-kawa se iniciou pela observação de ratos, que roiam as raízes deste arbusto e caíam, quase fulminadas, e após algum tempo voltavam às suas atividades.
Usos terapêuticos: Sedativo e ansiolítico;
Princípios ativos: Resinas (5 a 10%), lactonas (metisticina, kawaina, yangonina, etc), pigmentos (flawokavina A e B), mucilagens e açúcares.
Partes utilizadas: Raiz e cascas.
Formas de uso e dosagem:
- Uso medicinal: Decocto: 2 a 4% - 2 a 3 xícaras/dia; extrato seco: 200 mg uma ou duas vezes/dia; extrato fluido: 2 a 4 ml/dia;
Tempo de uso: Pode ser utilizada por longo tempo, desde que por períodos intermitentes.
Efeitos colaterais: Intolerância gastro-intestinal, rush cutâneo (déficit de niacina no uso prolongado), sonolência e diminuição de reflexos em altas doses e em pessoas sensíveis;
Contra-indicações: Gestação, lactação e crianças menores de 3 anos.
Lembramos, que as informações aqui contidas, terão apenas finalidade informativa, não devendo ser usadas para diagnosticar, tratar ou prevenir qualquer doença, e muito menos substituir os cuidados médicos adequados.
Fontes principais de consulta: ''Tratado de fitomedicina - bases clínicas e farmacológicas'' Dr. Jorge R. Alonso - editora Isis . 1998 - Buenos Aires - Argentina.