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Estudo revela

Leucemia: pacientes tem diagnóstico tardio

Redação Bonde com Assessoria de Imprensa
05 dez 2018 às 15:21

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- Shutterstock
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De sete em cada dez pessoas com câncer no sangue têm acesso ao diagnóstico em etapas avançadas da doença. 30 por cento não contam com acesso adequado a diagnóstico e tratamento e há em média um hematologista para cada 100 mil habitantes.

Estes são alguns dos achados do estudo "Melhorando a Atenção dos Pacientes Latino-Americanos de Oncohematologia", conduzido na Argentina, Brasil, Colômbia, México e Uruguai, para identificação de boas práticas em centros de atendimento considerados de referência e também dos principais obstáculos vivenciados por pacientes e outros profissionais de saúde.

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No Brasil, participaram, como centros de boas práticas, o Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (ICESP) e o COI - Américas Centro de Oncologia Integrado, no Rio de Janeiro.

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Obstáculos - baixo nível de acesso de qualidade da atenção ao paciente, falta de assistência de equipe especializada e demora na efetivação do diagnóstico são alguns dos principais entraves apontados pelo estudo. "O tempo de demora no diagnóstico chega a atrasar de seis meses a um ano no setor público, mas no setor privado também não é ideal. Os serviços são fragmentados, não existe uma padronização dos fluxos para a investigação diagnóstica e isso só atrasa o tratamento", diz o hematologista Ricardo de Sá Bigni, do América Centro de Oncologia Integrado (COI).

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"Em muitas ocasiões são os pacientes que chegam com sintomas simples a um plantão médico, no entanto, apresentam diagnostico de doença que exige tratamento urgente por uma equipe qualificada . No Brasil, precisamos de mais centros especializados, distribuídos melhor geograficamente, para receber com agilidade estes pacientes e que sejam estruturados para oferecer atenção de qualidade e humanizada .Isto contribuirá para melhorarmos os desfechos nos tratamentos", afirma Merula Steagall, presidente da ABRALE.


Com base na pesquisa dos 10 centros de atendimento da América, o estudo indica 25 boas práticas, entre as quais:

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Padronização de processos e serviços, por diferentes tipos de centros de atendimento, em diferentes regiões.


Atenção ao paciente para estimular a confiança do paciente e seus familiares, reforçar o processo de acompanhamento do paciente após a alta hospitalar; reforçar laços com grupos de pacientes.

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Atendimento com equipes multidisciplinares, para atenção integral, com treinamento adequado constante.


Aprimorar qualidade médica, com prazos de entrega pré-estabelecidos de diagnósticos, incentivo à participação em estudos clínicos.

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Estabelecer compromisso com o entorno do paciente, com padronização de protocolos para todos os processos, contribuir com a pesquisa clínica.


Como exemplo de boa prática, o COI organiza workshops quinzenais para que os profissionais troquem ideias e informações, aprendam e debatam sobre o cuidado dos pacientes. Já o ICESP, outro centro pesquisado pelas boas práticas, criou o programa "Olá, enfermeiro", com uma linha telefônica 24h, para atender as necessidades e esclarecer dúvidas de pacientes sobre sinais e sintomas do tratamento oncológico.

"Poder identificar o trabalho realizado nos centros de referência nos dá uma pauta e se transforma em um verdadeiro exemplo a seguir. Permitindo que outras instituições possam também repensar o seu serviço e implementar melhorias", afirma Merula Steagall. "O passo seguinte é compartilhar estas descobertas com os diferentes agentes do sistema de saúde para juntos encontrarmos caminhos que visam melhorar a atenção dos pacientes".


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