A Prefeitura de Londrina, através da Secretaria de Saúde, divulgou na tarde de hoje (27), o resultado do último Levantamento Rápido do Índice de Infestação do (LIRAa) realizado na cidade. De acordo com os dados, o índice médio está em 6,2%, ou seja, a cada cem casas inspecionadas seis continham focos positivos do mosquito. O resultado ficou acima de 1%, o que é recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS).
O resultado mostra que 51% dos criadouros do mosquito continuam sendo recipientes plásticos, garrafas e latas descartadas de forma irregular. Outros 27,3% são vasos e pratos de plantas e bebedouros de animais. Os agentes encontraram 7,3% dos focos em depósitos ao nível do solo, ou seja, em tanques e barris; 6,4% em pneus e outros materiais rodantes; 6% em calhas, lajes e ralos e 2,1% em depósitos naturais como buracos em árvores e flores que acumulam água como, por exemplo, as bromélias.
Ao todo, estava programada a inspeção de 7.786 imóveis. Mas, os agentes municipais de endemias vistoriaram 8.357. Os 236 funcionários contaram com a supervisão de 23 técnicos do Ministério da Saúde e 27 orientadores capacitados.
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Na região norte, área que engloba 52.976 imóveis, o índice foi de 7,17%. Isso porque, dos 2.272 locais vistoriados, 163 continham focos positivos do mosquito. Na oeste, o índice médio está em 6,6%. A área de abrangência contempla 42.546 imóveis, onde 1.802 foram inspecionados e em 119 tinham focos do Aedes aegypti.
Já na região leste, a cada cem casas 6,19 continham focos positivos do mosquito, pois das 1.356 visitadas, 84 apresentaram as larvas da dengue. Na região central da cidade, área que abrange 26.070 imóveis, foram fiscalizadas 1.106 residências e em 58 foram encontrados focos positivos, o que totaliza um índice médio de 5,24%. A região com menor infestação é a sul, pois apresentou o índice de 5,05%. Ou seja, das 1.821 casas vistoriadas, 92 tinham focos positivos da dengue.
Em comparação com o levantamento realizado em janeiro deste ano houve uma queda de aproximadamente 2%, pois o primeiro LIRAa apresentou um índice médio de 8% e o atual de 6,2%, o que mantém o risco de epidemia.
Através destes dados, a intenção da Secretaria de Saúde é intensificar as ações nas áreas de abrangências das Unidades Básicas de Saúde (UBS) que apresentaram alto índice, desenvolver mutirões, trabalhos educativos, manutenção das atividades de rotina nas áreas críticas a cada 30 dias, dar continuidade aos trabalhos de bloqueio rápido com fumacê em casos suspeitos ou confirmados da doença, utilizar o mapa inteligente para combate ao Aedes, além de acompanhar e avaliar o desenvolvimento do ciclo evolutivo do mosquito durante o inverno.