Policiais civis apreenderam mais de 830 quilos de lixo hospitalar sendo revendidos em uma loja no município de Ilhéus, na Bahia. Parte deste material era oriundo do Hospital da Providência de Apucarana, no Norte do Paraná. A apreensão ocorreu na quarta-feira (19).
Foram recolhidos lençóis, aventais, jalecos, máscaras e outros itens usados em hospitais, alguns ainda com logomarcas e manchas de sangue. A Anvisa preconiza que todo lixo hospital contaminado seja incinerado. Poucos podem passar pelo processo de desinfecção química ou térmica, como a autoclavagem e microondas. Todo o material apreendido foi colocado em 23 sacos plásticos e encaminhado para o Centro de Zoonoses de Ilhéus.
A venda de lixo hospitalar é crime. O caso está sendo investigado pela Delegacia de Furtos e Roubos de Ilhéus. No Paraná, o Núcleo de Repressão dos Crimes Contra a Saúde (Nucrisa) auxilia a Vigilância Sanitária, que tenta saber agora se o hospital possui e cumpre o plano de gerenciamento de resíduos. Fiscais da Vigilância Sanitária vão inspecionar o hospital na próxima semana.
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No âmbito penal, nenhum inquérito foi aberto no Paraná. O Nucrisa não tem competência para investigar casos no interior do Estado. Em Apucarana, não houve nenhuma denúncia formal na Delegacia. "A Vigilância Sanitária tem que encaminhar o material (apreendido) para o órgão policial baiano e para depois ser encaminhado ao Paraná. Este caso pode resultar em crime contra o meio ambiente ou contra a saúde pública, mas ainda é prematuro afirmar", explicou o delegado Valdir Abrahão.
O diretor-executivo do Hospital da Providência, Neilton Rodrigues dos Sousa, não quis se pronunciar sobre o assunto.