A Secretaria de Estado da Saúde divulgou nesta quinta-feira (7) mais um Boletim Epidemiológico com a situação do sarampo. Na última semana foram confirmados 43 casos novos, somando 316 pessoas que estão ou tiveram com a doença no Estado desde o mês de agosto. Somente em Londrina mais dois casos da doença foram confirmados nesta semana. Ao todo, a cidade contabiliza sete casos.
De acordo com a diretora de Vigilância em Saúde do Município, os pacientes que tiveram sarampo estão enquadrados na faixa etária de 17 a 28 anos, considerados jovens adultos. "Dos novos casos confirmados, um adquiriu a doença após ir a uma festa rave em Maringá. A outra paciente é uma mulher de 26 anos, que adquiriu a doença em Londrina, e ambos já se recuperaram”, explicou.
Do total de sete casos de sarampo, Sônia explicou que cinco tiveram contágio no mesmo evento, na cidade de Maringá. "Os outros dois pacientes não possuem vínculo, e ainda não sabemos o meio de contágio. A data de início dos sintomas nesses pacientes é diversa, e ao que tudo indica eles não possuem nenhuma relação. Por isso, reforçamos que a vacinação é oferecida nas Unidades Básicas de Saúde. Ela continua sendo a única forma de prevenção, e é disponibilizada a todos os usuários”, destacou.
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Paraná
O boletim mostra o grande aumento de casos e o alcance territorial da doença no Paraná. Das 22 regionais de saúde, 20 têm casos confirmados ou em investigação. Apenas as regionais de Campo Mourão e Cornélio Procópio não registram notificações de sarampo.
"O vírus se espalha rapidamente e o sarampo pode ter consequências muito graves. É uma doença que pode comprometer seriamente a saúde. As complicações que uma pessoa que teve sarampo pode desenvolver são otites, infecções respiratórias e doenças neurológicas, a redução da capacidade mental, surdez, cegueira e retardo do crescimento”, alertou o secretário da Saúde Beto Preto.
O sarampo é uma infecção viral, altamente contagiosa e de fácil transmissão. Os sintomas mais comuns da doença são febre alta, tosse, coriza, conjuntivite, exantema (manchas avermelhadas na pele que aparecem primeiro no rosto e atrás da orelha e depois se espalham pelo corpo). Também podem ocorrer dor de cabeça, indisposição e diarreia. Como não existe tratamento específico para o sarampo é importante ficar atento ao aparecimento dos sintomas.
"Aos primeiros sinais, indicamos que a pessoa procure o atendimento médico para exames e busque ficar sem contato com mais gente até que se descarte o sarampo. Não fique esperando passar ou piorar, é nesse período que a doença pode ser transmitida”, recomendou o secretário.
Os 316 casos estão distribuídos nos seguintes municípios: 217 em Curitiba; 4 em Almirante Tamandaré; 1 em Araucária; 1 em Balsa Nova; 2 em Campina Grande do Sul; 3 em Campo do Tenente; 8 em Campo Largo; 20 em Colombo; 1 em Fazenda Rio Grande; 1 na Lapa; 1 em Mandirituba; 10 em Pinhais; 10 em Piraquara; 1 em Quatro Barras; 5 em Rio Branco do Sul; 11 em São José dos Pinhais; 2 em Castro; 1 em Ponta Grossa; 1 em Irati; 2 em Maringá; 7 em Londrina; 1 em Rolândia; 3 em Carlópolis; 3 em Jacarezinho.
Vacinação
O Ministério da Saúde organizou a Campanha Nacional de Vacinação contra o Sarampo. A primeira etapa foi realizada para o público de seis meses até cinco anos incompletos. A segunda etapa tem como público-alvo os jovens com idade entre 20 a 29 anos. O período de intensificação para imunização desta faixa de idade é entre 18 a 30 de novembro, com o dia D no sábado, 30.
"Para ter vacinas em todo o Estado, solicitamos ao Ministério da Saúde mais 100 mil doses da vacina tríplice, que previne sarampo, caxumba e rubéola. A nossa preocupação maior é para Curitiba e cidades com maior incidência do sarampo”, disse o secretário Beto Preto.
O objetivo da campanha é interromper a circulação do vírus e proteger os grupos mais acometidos pela doença no País. Toda a população com idade entre um e 29 anos deve receber duas doses da vacina tríplice viral e de 30 a 49 anos, uma dose.