Representantes do Sindicato dos Servidores Públicos Técnico-Administrativos da Universidade Estadual de Londrina (ASSUEL) se reuniram nesta sexta-feira (3) com o Governo do Estado para discutir o aumento da jornada de trabalho dos servidores do Hospital Universitário (HU) e da Universidade Estadual de Londrina (UEL). Os trabalhadores, que praticam carga horária diferenciada, ameaçam entrar em greve desde a quinta-feira (2). O movimento está suspenso até a próxima terça.
Os servidores são contra a determinação do governo estadual de aumentar a jornada de trabalho para 40 horas semanais sem aumento de salário. Hoje, dos aproximadamente 3.600 servidores da universidade, cerca de 1.200 em 12 categorias diferentes praticam outras jornadas semanais como 36 horas, 30 horas e 24 horas. Entre estas categorias, estão profissionais da área enfermagem, odontologia, radiologia, fisioterapeutas, jornalistas, assistente social, telefonistas entre outros.
Em entrevista coletiva, na manhã desta sexta (3), o governador Beto Richa comentou a situação e disse que a jornada de 40 horas é uma determinação da lei. "Temos a mesma situação com todas as universidades do Estado do Paraná. Temos sete universidades estaduais e todos aceitaram essa condição que é o que diz a lei: jornada de trabalho de 40 horas".
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Segundo o governador, o Ministério Público cobra do governo estadual para que seja aplicada a lei. "Acho que deve haver respeito ao dinheiro do contribuinte. A lei determina 40 horas de trabalho. Eu trabalho 40 horas em três, quatro dias. Então não é bem assim essa situação e o Ministério Público exige do Estado que seja aplicada a lei".
Ainda assim, Richa disse que o Governo está aberto ao diálogo e que respeita os servidores públicos. "Temos sensibilidade, temos diálogo, respeitamos os servidores públicos, mas é a única universidade do Paraná que está nessa situação", finalizou.
Novas assembleias estão programadas para esta sexta-feira no HU e no campus da UEL.