Os 98 médicos cubanos que vão ocupar vagas ociosas da segunda etapa do Programa Mais Médicos em 53 municípios do Paraná chegaram a Curitiba nesta segunda-feira (2). Na capital paranaense, passarão uma semana conhecendo a realidade local da rede pública de saúde do estado e as características epidemiológicas da população antes de seguirem para as cidades onde vão atuar.
Estes profissionais se juntam aos 134 que já estão em atividade no Paraná, totalizando 232 médicos do programa em 64 cidades paranaenses. Com isso, o Mais Médicos chegará a mais de 800 mil pessoas que não tinham acesso a atendimento médico em atenção básica no estado.
O novo grupo está entre os 2.117 que começaram a se deslocar para os estados brasileiros a partir de sábado (30), após aprovação no curso de avaliação do programa. Outros 700, totalizando os três mil médicos que desembarcaram no Brasil no início do mês, terminam o curso na próxima quarta-feira (4).
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"Com a atuação desses médicos e médicas, já na segunda etapa do programa, nós vamos conseguir atender a todos os municípios do Semiárido nordestino e da Amazônia Legal, entre outras regiões carentes do país, com o Vale do Jequitinhonha e Vale do Ribeira. Em dezembro, quando todos tiveram concluído a avaliação, vamos garantir que todos os municípios prioritários que solicitaram médicos do programa tenham pelo menos um profissional do Mais Médicos atendendo", destacou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.
A aprovação na etapa de avaliação é condição para a emissão do registro profissional provisório pelo Ministério da Saúde, sem o qual os médicos estrangeiros não podem atuar no Brasil.
Os profissionais do programa recebem bolsa de R$ 10 mil por mês e ajuda de custo pagos pelo Ministério da Saúde. Também será depositado mensalmente para o médico, junto com a bolsa, o valor de R$ 457,49, referente à contribuição previdenciária obrigatória aos participantes do programa e custeada pelo Ministério da Saúde. O tributo será recolhido pela Previdência Social por meio de desconto em folha do valor. Os municípios ficam responsáveis por garantir alimentação e moradia aos selecionados. Como definido desde o lançamento, os brasileiros têm prioridade no preenchimento dos postos apontados e as vagas remanescentes são oferecidas aos estrangeiros.