A Secretaria de Estado da Saúde divulgou nesta terça-feira (17) o novo boletim da dengue, zika e chikungunya.
Em uma semana, três novas mortes foram registradas. Duas em Foz do Iguaçu e uma em Medianeira (ambas na região Oeste do estado). No total, são 50 mortes por dengue, desde agosto de 2015.
Neste mesmo período, 3.388 novos casos de dengue foram registrados. Com o aumento de 8%, o estado totaliza 45.482 casos confirmados desde agosto de 2015.
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No entanto, as notificações de casos suspeitos de dengue caíram 47% na comparação à semana anterior. "Este é o primeiro boletim do período que apresentou uma queda significativa no número de casos notificados de dengue. A tendência agora é cair cada vez mais", explica o coordenador da Sala de Situação da Dengue, Raul Bely.
Desde o início deste período epidemiológico, o Paraná já confirmou casos em 310 cidades, espalhadas nas 22 Regionais de Saúde. Em Paranaguá, município com maior número de casos confirmados, as confirmações passaram de 13.683 para 15.368. São 1.685 casos a mais do que na última semana.
A taxa de incidência aumentou em quatro municípios, que a partir de agora são considerados epidêmicos. Cruzeiro do Sul, Porto Rico, Mandaguari e Entre Rios do Oeste atingiram mais de 300 casos a cada 100 mil habitantes.
Chikungunya e zika
Os casos de chikungunya passaram de 60 para 66, sendo apenas cinco autóctones, ou seja, contraídos no próprio local de residência. Os casos de zika foram de 278 para 288 e desses 187 são autóctones.
Serviço de Alerta Climático
O boletim também traz a análise do Serviço de Alerta Climático de Dengue, elaborado pelo Laboratório de Climatologia da Universidade Federal do Paraná, que indica a queda na temperatura em todo Estado. "As temperaturas mais baixas são menos favoráveis para o desenvolvimento do mosquito alado, mas a melhor forma de progressão da doença ainda é a eliminação de criadouros, ou seja, evitar água parada", destaca Bely.
A superintendente de Vigilância em Saúde, Cleide Oliveira, ressalta que mesmo com a aproximação do inverno, os cuidados não devem parar. "Algumas regiões do Estado são endêmicas e apresentam casos da doença durante todo o ano, mesmo com a presença do frio. Principalmente no Norte e Oeste a população não pode descuidar", diz.