O primeiro semestre de 2012 registrou aumento de 41% no número de mamografias realizadas no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), entre as mulheres na faixa prioritária (50 a 69 anos), se comparado ao mesmo período de 2010. Este ano, 2.139.238 exames foram realizados, sendo 1.022.914 na faixa prioritária. Enquanto que em 2010 foram feitas 1.667.272 mamografias, sendo 726.890 na faixa prioritária. O aumento na proporção de brasileiras que se submeteram ao exame de mamografia está condicionado à ampliação e à qualidade dos serviços oncológicos.
O número de mamografias também cresceu 16% entre 2012 (2.139.238) e 2011 (1.839.411), e 21% na faixa prioritária, 1.022.914 e 846.494, respectivamente.A oferta deste exame faz parte do Plano Nacional de Prevenção, Diagnóstico e Tratamento do Câncer de Colo do Útero e de Mama, lançado pela presidenta Dilma Rousseff no ano passado.
Com o objetivo de qualificar e ampliar ainda mais a assistência oncológica no país - principalmente entre as mulheres das camadas mais carentes da população - o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, assinou nesta segunda-feira (1º), portaria que cria o Programa de Mamografia Móvel. O programa consiste na liberação de Unidades Oncológicas Móveis que percorrerão locais estratégicos dos municípios (definidos pelas secretarias de saúde) para a realização das mamografias. A sua implantação está prevista para este ano, em todo o Brasil.
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"Queremos chamar a atenção para a profunda desigualdade que ainda existe no acesso da qualidade ao diagnóstico e tratamento de câncer no nosso país. O Ministério da Saúde tem coordenado um conjunto de estratégias que é fundamental a cooperação com as secretarias para que esses conjuntos de estratégias sejam cada vez mais reforçados", afirmou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.
O ministro disse ainda que uma das metas é proporcionar a redução do preconceito que existe em torno no câncer. "Se pudermos, cada vez mais falar deste tema com naturalidade, mostrando que é possível vencer o câncer tendo diagnóstico precoce e tratando fatores de risco, também será um grande ganho neste Outubro Rosa. A assistência e prevenção do câncer são prioridades na rede do SUS", destacou o Padilha.
O financiamento das unidades móveis será compartilhado entre governo federal, estados e municípios (responsáveis pela execução direta dos serviços). Os exames feitos nas unidades serão enviados via satélite para um estabelecimento de saúde de referência para que um médico especialista avalie o teste e apresente o resultado em até 24 horas. A estimativa é a de que as unidades móveis tenham capacidade de fazer 800 mamografias por mês.
Ainda neste mês, o Ministério da Saúde vai definir os critérios, procedimentos de habilitação, forma de financiamento e os requisitos para prestação de serviços de mamografia móvel.