A Secretaria de Saúde de Londrina pediu para que a Maternidade Municipal Lucilla Balalai abra um procedimento administrativo para investigar o parto de Danilo Henrique Carioca, bebê que morreu na última sexta-feira (8) menos de 48 horas depois de ter nascido. Familiares do recém-nascido acusam o hospital de erro médico e negligência.
Em nota oficial, a Maternidade informou que Danilo "teve complicações durante o parto" e que todas as "medidas médicas indicadas" foram tomadas. "Mas, devido à gravidade do caso, o bebê foi transferido para a UTI Neonatal o mais rápido possível, onde, apesar dos esforços médicos, ele infelizmente faleceu", argumentou o hospital na nota. A instituição concluiu informando que montou uma equipe multidisciplinar para averiguar a situação.
A família de Danilo conta que mãe dele, de 17 anos, teria procurado o hospital no último dia 2 de novembro. Funcionários da instituição, no entanto, teriam dito para adolescente voltar na quarta-feira (6), o que foi feito. A menina foi internada e passou pelo parto complicado na quinta. (7)
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O cordão umbilical estava enrolado no pescoço da criança, segundo a família. A cirurgia demorou muito e o bebê foi retirado da mãe já com risco de morte. Ele foi transferido para a UTI do Hospital Infantil, onde não resistiu e acabou falecendo na sexta. O atestado de óbito aponta que o menino morreu de insuficiência respiratória. Ele também teria aspirado fezes durante o procedimento.
Na Câmara
Os vereadores repercutiram o caso do bebê Danilo Carioca na sessão desta terça-feira (12). O vereador Gustavo Richa (PHS) apresentou um requerimento pedindo para que a Maternidade mande ao Legislativo um levantamento de quantos bebês nascem no hospital mensalmente.
"Também queremos saber quantos destes acabam morrendo após o parto. Precisamos disso para acabar com a insegurança das mães e olhar da melhor forma possível para a nossa Maternidade", completou o vereador.