Um estudo publicado pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) associa o mau hálito infantil à respiração bucal. O trabalho foi avaliado com 55 crianças entre 3 e 14 anos, divididas em dois grupos: quem respira pela boca e outro grupo de respiração nasal, a conclusão da pesquisa, intitulada "Association between halitosis and mouth breathing in children", foi de que 40% das crianças possuem padrão de respirador bucal, sendo que 63% delas apresentaram forte halitose, mostrando uma relação estatisticamente significativa entre a respiração bucal e o mau hálito.
Segundo o cirurgião-dentista Giancarlo Zanoli Trentim, a maior porcentagem dos casos de halitose infantil é notada pela manhã devido a boca seca, causada pela respiração bucal durante o sono. "A evaporação da água na saliva entre os respiradores bucais poderia explicar a halitose, porém este é um estudo inicial e deverá ser aprofundado com o tempo para obter uma conclusão definitiva", explica.
Parte da timidez e da insegurança observada em crianças no período escolar, está relacionada ao mau hálito. "O impacto social provocado pela halitose prejudica a qualidade de vida, além de indicar a existência de algum outro problema de saúde, que precisa ser investigado pelo dentista e pelo otorrinolaringologista", orienta Trentim.
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