Os médicos das unidades públicas de saúde de Manaus e do interior do Amazonas resolveram suspender as atividades por tempo indeterminado, já que não chegaram a um acordo sobre as reivindicações da categoria de reposição de perdas salariais e implantação de um Plano de Cargos, Carreiras e Salários.
A decisão foi tomada em assembléia na noite de quarta-feira (13). Os serviços essenciais serão mantidos. A greve foi deflagrada pelo Sindicato dos Médico do Amazonas, que reúne 60% da categoria.
Ainda na manhã desta quinta-feira (14), uma comissão dos grevistas visita a Câmara Municipal, para debater suas reivindicações com os vereadores. Outra comissão vai ao Ministério Público pedir intermediação nas negociações.
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A Secretaria de Saúde do Amazonas informou que ainda não recebeu o comunicado oficial da greve, mas que encaminhou à Procuradoria Geral do Estado toda a documentação que recebeu desde o início das discussões, para o devido acompanhamento.
As reclamações da categoria são antigas e, segundo a diretora de Relações Intersindicais do Simeam, Roselis Bitar, as negociações com as Secretarias de Saúde do estado e do município começaram em 2005, mas todos os pedidos foram negados. Na época, os médicos promoveram uma greve de 15 dias e tiveram como resultado o ganho de R$ 900 para quem atuava na rede municipal e de R$ 600, para os da rede estadual.
A sindicalista ressalta que os salários estão defasados e que, por causa disso, a maioria dos profissionais tem mais de um emprego, sobrecarregando suas rotinas de trabalho e podendo comprometer a qualidade dos atendimentos.
Agência Brasil