Os médicos plantonistas do Hospital Evangélico vão deixar de atender pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS), a partir das 7h, nesta quarta-feira (15). A direção do hospital determinou o fechamento do pronto-socorro. A decisão foi tomada depois de uma assembleia realizada hoje (14). A categoria alega falta no pagamento de salários.
Os rendimentos estariam atrasados desde julho. O passivo seria de aproximadamente R$ 3 milhões, parte é retroativa a janeiro deste ano. Na época, os médicos plantonistas pediram descredenciamento do SUS. O problema era o mesmo - atrasos constantes no repasse por parte do gestor (prefeitura de Londrina).
São 32 especialidades afetadas com a paralisação. Cerca de cem médicos estão com os benefícios atrasados.
Leia mais:
Denúncias contra médicos por receita de hormônios cresceram 120% em um ano, diz CFM
Saiba quais doenças dão direito à isenção do Imposto de Renda
Centro de Doenças Infecciosas amplia atendimento para testes rápidos de HIV em Londrina
Saúde investiga circulação do vírus causador da Febre do Nilo no norte do Paraná
A Secretaria de Saúde argumenta que falta uma certidão para repasse do dinheiro.
"Existe uma pendência com relação a Secretaria de Gestão Pública, que se faz o contrato. Depende o Hospital Evangélico apresentar alguns documentos para assinatura definitiva do convênio. O convênio é o que credencia o hospital para atendimento pacientes SUS. É o convênio feito com os demais hospitais em maio. O único hospital que não assinou naquele momento foi o Evangélico. Não há possibilidade alguma pagar algum prestador sem ter um documento, um contrato", disse o secretário de Saúde, Agajan Der Bedrossian.
"Hospital vai continuar atendendo pacientes eletivos e pacientes de convênio, mas não haverá médicos de plantão", disse o diretor Luiz Khouri.