Os médicos residentes do HU aderiram à greve nacional dos residentes nesta sexta-feira. Segundo os residentes cerca de 80% paralisaram seus serviços e promoveram uma manifestação em frente ao HU, em busca de uma solução para a categoria, que reivindica aumento de 38,7% da bolsa-auxílio mais benefícios como aumento da licença maternidade de 4 para 6 meses, auxílio alimentação, moradia e gratificação natalina. O último aumento da bolsa ocorreu em 2007.
No informe dirigido à imprensa local, os residentes deixam claro que "o valor da bolsa (R$1.916,45) que, a princípio pode parecer razoável fica diluído em meio ao montante de investimentos necessários da classe para uma melhor formação como cursos de imersão, aperfeiçoamento, congressos e materiais médicos" e fazem também uma ressalva ao HU/UEL "que já concede adequadas condições de trabalho, como refeições e infraestrutura para higiene pessoal e dormitórios, sendo, portanto, as demais causas o agravante para a greve em nosso serviço".
Com o desconto de R$ 218,00 referentes à contribuição ao INSS e R$ 33,00 de imposto de renda, os residentes recebem por mês R$ 1.672,65 para uma carga horária de 60 horas por semana, o que significa R$ 6,95 por cada hora trabalhada. Eles fazem questão de lembrar que o movimento é de âmbito nacional e que foram realizadas durante esta semana várias reuniões e formulada escala de retaguarda bem como escala para os serviços de urgência e emergência para que a população não fique desassistida.