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Coronavírus

Melhor levar à escola do que deixar filho com os avós, dizem pediatras

- Reprodução/Pixabay
Angela Pinho - Folhapress
17 mar 2020 às 10:10
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Diversas escolas do país todo decidiram nos últimos dias suspender as aulas para evitar a propagação do coronavírus. Algumas, no entanto, estabeleceram um período de transição. Nesse intervalo, vale a pena levar a criança para o colégio?

A resposta a essa questão é, em tese, não, mas vai depender da organização das famílias, afirmam pediatras ouvidos pela reportagem. Eles concordam que o ideal seria ficar em casa desde já. Por outro lado, dizem, se os pais ainda não acharam um plano B que não seja deixar as crianças com os avós, melhor ir ao colégio.

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Isso porque os idosos são o grupo populacional mais vulnerável a complicações causadas pelo vírus. Se tiverem contato com os netos, terão mais chance de contraírem a infecção.

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"Quanto menos a criança se expuser, menor a chance de ela pegar o vírus e de transmitir, mas às vezes esse período é importante para a família organizar algum esquema", afirma a pneumopediatra Tatiana Sano.

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Pediatra e neonatologista da Sociedade Brasileira de Pediatria, Flávia Oliveira concorda. Ela não só respondeu a dúvidas como essa de pais no consultório, como viveu o dilema na pele.


A escola dos seus filhos irá fechar na quarta-feira (18). Nesta segunda-feira (16), a opção de Flávia seria deixá-los com a sua mãe, mas, como ela está tentando minimizar o contato dos pequenos com os avós, optou por levá-los ao colégio. Nesta terça, ela já terá uma funcionária em casa, então não vai levá-los.

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"Quem puder não mandar já, melhor. Mas precisa ter uma alternativa", resume. "E não adianta não ir à aula e ir a shopping e parque de diversão."
Ela ressalta que seguir as recomendações das autoridades sanitárias para evitar aglomerações é importante para todo mundo, não só para proteger os idosos.


"O fato de você ou o seu filho não estarem hoje no grupo de risco não te exime de responsabilidade. Se tiver colapso na saúde, vocês também vão virar grupo de risco, porque não vai ter médico, máscara nem kit de diagnóstico para nada."

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Também pediatra e neonatologista, Thais Bustamante concorda, ressaltando que, se a família tiver uma alternativa para deixar os filhos, o ideal é tirá-los de ambientes coletivos o quanto antes. "Se for viável, é bom manter a criança em casa desde já."


Professor da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, Marco Aurélio Sáfadi concorda, mas diz que não é nenhum drama se a família precisar levar a criança à escola por alguns dias enquanto se adapta.


Ele ressalta que o objetivo mais importante da suspensão das aulas é evitar ou retardar a propagação em larga escala do vírus, mas que o efeito do coronavírus nas crianças não costuma ser grave –embora existam exceções. Pondera ainda que, nesse período de transição, as escolas já estarão mais vazias, o que reduz o risco de contágio.

"Quem está com o vírus hoje são pessoas com acesso fácil a serviços médicos e condições de se isolar em um quarto, por exemplo. A preocupação é quando a doença chegar a quem não tem essa mesma condição, então todos precisam estar atentos", afirma.


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