Mais 28 Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) 24 horas foram autorizadas pelo Ministério da Saúde neste semana, ampliando o atendimento de urgência e emergência em todo o País. Com as novas aquisições, a quantidade de UPAs habilitadas pelo ministério chega a 430. Destas, 77 estão em funcionamento, 36 sendo equipadas e outras 88 em construção. O restante está em fase de licitação ou de elaboração de projeto.
As 28 UPAs vão demandar um investimento federal de R$ 54,2 milhões para a construção das unidades. O ministério também reservará R$ 56 milhões por ano para o custeio das unidades.
As 28 novas UPAs vão beneficiar 5,3 milhões de pessoas em 22 municípios dos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Minas Gerais, Amapá e Rio Grande do Sul. Juntas, elas têm capacidade para atender até 8 mil pacientes por dia. Os programas UPA 24 horas e Samu 192 são serviços integrados que cumprem papel fundamental na redução das filas dos hospitais. Eles inovam ao oferecer estrutura simplificada (com raio X, eletrocardiografia, pediatria, laboratório de exames e leitos de observação) para atendimentos de urgência.
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As UPAs preenchem um espaço importante entre a atenção básica e os hospitais. Por meio desse modelo de atendimento - implementado nacionalmente em 2009 -, o Sistema Único de Saúde (SUS) passou a contar com uma rede organizada, articulando e integrando o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência e as centrais de regulação do Samu com o atendimento 24 horas (para urgência) oferecido nas UPAs.
A integração Samu-UPAs acelera o atendimento aos pacientes. Essa realidade é observada, por exemplo, no Rio de Janeiro, Estado com mais tempo de experiência na implantação das UPAs e onde já funcionam 37 unidades. Lá, elas conseguem solucionar mais de 97% dos casos. O restante é encaminhado para hospitais de referência.
Nos Estados
Das 28 novas UPAs habilitadas pelo Ministério da Saúde, oito serão construídas no Rio de Janeiro, sendo seis na capital, uma em Belford Roxo e outra em Duque de Caxias. A mesma quantidade foi autorizada para o Estado de São Paulo, sendo duas no Guarujá e o restante em Birigui, Ibiúna, Penápolis, Rancharia, São Pedro e São Sebastião.
Para o Paraná, foram habilitadas seis UPAs, distribuídas nos municípios de Faxinal, Colombo, Ivaiporã, Londrina, Piraquara e Rolândia. Minas Gerais contará com mais três unidades em Itaúna, Santa Luzia e Cataguases. No Tocantins, uma UPA será instalada na capital, Palmas. No Rio Grande do Sul, em Uruguaiana. E, no Amapá, a unidade será implementada em Macapá.
A política
Outras 70 UPAs serão autorizadas ao longo do ano, totalizando 500 unidades custeadas pelo ministério. As 77 UPAs em funcionamento estão instaladas em Pernambuco (9), Minas Gerais (7), Acre (1), Bahia (2), Maranhão (1), Pará (1), Paraná (8), Rio Grande do Norte (1), Rio de Janeiro (37), Santa Catarina (2), São Paulo (4), Sergipe (3) e Tocantins (1).
A Política Nacional de Atenção às Urgências foi lançada pelo governo federal em 2003 para a integração da rede de atendimento no SUS. As UPAs são estruturas que funcionam sete dias da semana e podem resolver grande parte dos atendimentos de urgência e emergência, como pressão e febre alta, fraturas, cortes, infarto e derrame. Quando o paciente chega às unidades, os médicos prestam socorro, controlam o problema e detalham o diagnóstico. Se necessário, encaminham o paciente para um hospital de referência.
As unidades são classificadas em três diferentes portes (I, II e III), de acordo com a população da região a ser coberta e a capacidade instalada (área física, número de leitos disponíveis, recursos humanos e capacidade diária de atendimentos médicos). A capacidade de atendimento das UPAs varia de 150 a 450 pacientes por dia.