O Ministério da Saúde confirmou na noite desta quinta-feira (12), um caso de febre amarela silvestre no Brasil. O paciente, um estrangeiro, contraiu a doença em Alto Paraíso (Goiás). Ele visitou a região dia 17 de janeiro, mas somente passou a manifestar sintomas ao chegar no Rio. O estrangeiro foi diagnosticado em uma Unidade de Pronto Atendimento e encaminhado para a Fundação Oswaldo Cruz, onde recebeu tratamento e teve alta.
O ministério considera o caso isolado. O paciente que contraiu a doença não havia sido vacinado. Os últimos casos de febre amarela silvestre confirmados no País foram em 2013. Também naquela época, os pacientes não haviam sido vacinados.
Embora classifique o caso como isolado, o Ministério da Saúde informou que a vigilância foi reforçada na região de provável contaminação do paciente estrangeiro. Também foi ampliado o esforço para imunizar pessoas da região que eventualmente não tenham o completo esquema vacinal contra febre amarela.
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A febre amarela silvestre é transmitida pela picada de mosquito contaminado. Algumas áreas do País, como a Região Amazônica e o Centro-Oeste, são consideradas endêmicas.
A recomendação do ministério é que habitantes dessas regiões sejam vacinados. O mesmo vale para visitantes de áreas de risco. Eles devem tomar a vacina pelo menos 10 dias antes da viagem. O imunizante tem validade de dez anos.
Em 2014 as recomendações da vacina para febre amarela foram atualizadas. No novo protocolo, crianças que completaram o esquema vacinal na infância não precisam fazer reforço a cada 10 anos. Aqueles que tomaram a primeira dose na adolescência ou fase adulta, precisam repetir a vacina apenas uma vez. Com duas doses, com intervalos de dez anos, a pessoa é considerada imunizada para toda a vida.