O prefeito Alexandre Kireeff (PSD) viaja novamente a Brasília nesta semana para participar de uma reunião com o ministro da Saúde, Arthur Chioro. O chefe do Executivo pretende mostrar ao ministro que Londrina precisa de mais dinheiro do Sistema Único de Saúde (SUS) para custear os atendimentos das chamadas média e alta complexidade. Segundo o secretário municipal de Saúde, Mohamad El Kadri, o encontro com o ministro está marcado para a manhã desta quarta-feira (8).
A reunião vai contar com a participação de Kireeff e El Kadri, dos deputados federais Alex Canziani (PTB), Luiz Carlos Hauly (PSDB) e Marcelo Belinati (PP), e de prefeitos de cidades que integram a área da 17.ª Regional de Saúde.
Vale lembrar que o prefeito e o secretário municipal já estiveram em Brasília no mês de fevereiro, quando conversaram com os técnicos do Ministério da Saúde, mas não conseguiram convencê-los de que o teto do SUS para Londrina está defasado. "Os profissionais admitiram a existência do déficit no final do ano passado, mas, em fevereiro, voltaram a pedir o encaminhamento de planilhas e documentos que já havíamos enviado", explicou El Kadri. De acordo com ele, a equipe responsável por analisar os processos mudou entre 2014 e 2015. "Quem analisou as planilhas em outubro foi substituído", observou.
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Pelo levantamento do município, o teto do SUS para Londrina está defasado em R$ 3 milhões. Os cerca de R$ 12 milhões enviados por mês para a cidade não são suficientes para custear as consultas, internações e plantões realizados nos hospitais públicos e filantrópicos. "O usuário não fica desassistido, mas a dívida da prefeitura com as instituições aumenta entra mês, sai mês", explicou o secretário. Ele lembrou, ainda, que a defasagem aumentou nos últimos anos. "No início do ano passado, o déficit era de R$ 1,5 milhão", afirmou El Kadri.
Com R$ 15 milhões mensais, conforme o secretário, o município conseguiria bancar todos os procedimentos previstos e melhorar a relação que possui com os hospitais, que alegam ter a necessidade de tirar dinheiro dos próprios orçamentos para pagar os médicos e comprar materiais essenciais.