O cirurgião Martin Salia, de 44 anos, morreu, hoje (17), no Centro Médico de Nebraska, nos Estados Unidos, onde estava internado desde sábado (15). Morador de Maryland, Salia contraiu o vírus enquanto trabalhava em um hospital de Freetown, em Serra Leoa, país africano onde nasceu.
"Informamos com imenso pesar que o terceiro paciente que tratamos por ebola, o doutor Martin Salia, morreu devido aos sintomas muito avançados da doença", informou o centro médico que, ontem (16), anunciou que o estado clínico do cirurgião era grave.
Salia foi o primeiro cidadão de Serra Leoa infectado pelo ebola a ser repatriado para os EUA, onde outras nove pessoas já recebem tratamento. A maioria contraiu a doença em países africanos.
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"Apesar dos esforços", a doença estava em estágio avançado para que [o médico] pudesse ser salvo, lamentou o hospital, especialmente equipado para o tratamento de doentes afetados pelo vírus.
O diretor da instituição, Phil Smith, informou que Martin Salia sofria de deficiência renal e respiratória quando chegou aos Estados Unidos. Além de ser submetido a diálise e de contar com auxílio de equipamentos para respirar, o médico recebeu plasma de um doador que se curou da doença e um soro experimental ainda não testado em ensaios clínicos. Mesmo assim, seu organismo não conseguiu combater o vírus.
"Utilizamos os tratamentos disponíveis para garantir todas as hipóteses de sobrevivência ao doutor Salia", acrescentou o diretor da unidade especializada do hospital, Phil Smith.