A Promotoria de Justiça de Proteção da Saúde Pública de Londrina ofereceu na quarta-feira (2) denúncia criminal contra o proprietário de uma instituição de assistência a dependentes químicos, Gran Vitória e mais sete funcionários por sequestro, cárcere privado e formação de quadrilha.
O Ministério Público sustenta que o proprietário da clínica, Júpiter Villoz Silveira, comandava um "esquema" com objetivo de "sequestrar pacientes para serem internados, mantendo-os em cárcere privado por vários dias, em condições inadequadas e desumanas, causando-lhes grave sofrimento físico e moral".
A promotoria explicou que a clínica deveria prestar serviços assistenciais a pessoas com transtornos decorrentes do uso, abuso ou dependência de substâncias psicoativas, mas as mantinha em cárcere privado, mediante internações involuntárias, como se a instituição fosse uma ‘clínica psiquiátrica’. A Clínica Gran Vitória só é autorizada a manter pacientes de forma voluntária.
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"Na medida em que sequestraram e mantiveram todas as vítimas, por períodos distintos (nunca inferior a 15 dias), em cárcere privado, dentro da instituição Gran Vitória, sem que essas pudessem sair, ou escolher entre interromper ou continuar seu tratamento", afirma o promotor Paulo Tavares na denúncia. "A instituição deveria zelar pela segurança e pela integridade de todos os pacientes que se encontravam lá internados", acrescenta.