Pesquisar

Canais

Serviços

Publicidade
Dependentes químicos

MP recomenda adequação nos serviços de comunidade terapêutica de Londrina

MPPR
08 dez 2020 às 17:44
- iStock
siga o Bonde no Google News!
Publicidade
Publicidade

O Ministério Público do Paraná, por meio da 24ª e 22ª Promotorias de Justiça de Londrina, no Norte Central do estado, expediu recomendação administrativa buscando a adequação de comunidade terapêutica que atende adultos e adolescentes dependentes químicos e que se mantém em funcionamento apresentando diversas ilegalidades do ponto de vista da saúde pública, dos direitos humanos e da infância e adolescência. Entre as irregularidades constatadas a partir de visitas e inspeções realizadas pelo poder público e pelo conselho tutelar, estão más condições de saúde e de higiene no local, especialmente aquelas atualmente necessárias em decorrência da pandemia de Covid-19.


Além disso, foram verificadas inconsistências nas atividades pedagógicas ofertadas aos adolescentes, bem como a oferta indevida de doutrinas religiosas em caráter obrigatório. Também foi apurado descumprimento da previsão legal de prioridade absoluta que deve ser conferida à infância e à juventude, sendo mantido o atendimento conjunto de adolescentes e adultos.

Cadastre-se em nossa newsletter

Publicidade
Publicidade


Além da direção da entidade, a recomendação também é dirigida aos secretários municipais de Saúde e de Assistência Social e à presidência do Conselho Municipal de Políticas Públicas sobre Álcool e Outras Drogas. À direção da entidade, o MPPR recomendou que sejam adotadas, imediatamente, as medidas sanitárias para enfrentamento à pandemia quanto ao uso de máscaras e demais equipamentos de proteção individual, disponibilização de álcool em gel, distanciamento de camas nos dormitórios e adequação do sistema de ventilação dos espaços. Também deverá ser providenciada a regularização do funcionamento da comunidade terapêutica junto aos órgãos de Saúde e de Assistência Social, bem como formulados os planos individuais de atendimento de todos os internados, conforme prevê a legislação que trata do sistema nacional de políticas públicas sobre drogas e que atualmente inexiste na instituição.

Leia mais:

Imagem de destaque
Entenda

Saiba quais são as formas legais de acesso a Cannabis para uso medicinal no Brasil

Imagem de destaque
Cuide-se

Em 115 dias, casos prováveis de dengue em 2024 chegam ao dobro do ano recorde

Imagem de destaque
Aprovação dos moradores

Londrina se prepara para implementar Método Wolbachia de combate à dengue

Imagem de destaque
Entenda

Após indiciamento de Bolsonaro, PGR pede mais apuração sobre fraude em cartão de vacina


No prazo de 90 dias, os adolescentes que atualmente recebem atendimento conjunto com os adultos deverão ser separados e assistidos por tratamentos específicos para sua condição de desenvolvimento. A recomendação prevê ainda que deve ser assegurada a liberdade de crença, não devendo ser imposta aos internos a obrigatoriedade de participação em determinadas religiões ou cultos. Do ponto de vista pedagógico, a direção deve readequar as atividades oferecidas, especialmente aquelas destinadas à ala feminina, que atualmente funciona em condições inadequadas, o que compromete a igualdade entre homens e mulheres.

Ao secretário Municipal de Saúde, as Promotorias de Justiça recomendam a realização periódica de visitas pela Vigilância Sanitária Municipal, sem aviso prévio, com vistas a constatar o cumprimento das medidas recomendadas. Também dirigido ao Conselho Municipal de Políticas Públicas sobre Álcool e Outras Drogas (Comad), o documento prevê que o órgão deverá orientar e fiscalizar as atividades da comunidade terapêutica, inclusive quanto à destinação dos recursos públicos recebidos pela municipalidade. Eventuais novas ilegalidades devem ser comunicadas às autoridades sanitárias, bem como ao Ministério Público para a adoção das medidas cabíveis.


Publicidade

Últimas notícias

Publicidade