Quando se trata de problemas do coração, as mulheres deveriam ser tratadas como os homens. Entre os pacientes admitidos em hospital após terem sofrido um ataque cardíaco, as mulheres tinham uma probabilidade muito menor de serem submetidas a uma angiografia, na qual se injeta um contraste nos vasos sanguíneos para que as obstruções fiquem visíveis em um raio-X, ou a uma angioplastia, para remover as obstruções, descobriu o estudo.
As mulheres tinham um risco duas vezes maior de morrer dentro de um mês após o ataque cardíaco, segundo o estudo. "Isso sugere que poderíamos reduzir a mortalidade nas pacientes mulheres usando procedimentos mais invasivos", disse o médico François Schiele, cardiologista-chefe do Hospital Universitário de Besançon, na França.
Schiele, que apresentou a pesquisa no encontro da American College of Cardiology em Atlanta, afirmou que as mulheres deveriam ser tratadas com todas as estratégias recomendadas, incluindo as invasivas.
Leia mais:
Denúncias contra médicos por receita de hormônios cresceram 120% em um ano, diz CFM
Saiba quais doenças dão direito à isenção do Imposto de Renda
Centro de Doenças Infecciosas amplia atendimento para testes rápidos de HIV em Londrina
Saúde investiga circulação do vírus causador da Febre do Nilo no norte do Paraná
Alguns estudos anteriores também haviam sugerido que as mulheres têm um risco maior de morrer após um enfarte, mas ainda não se sabe por quê. As diferenças biológicas podem ser uma explicação, afirmam os pesquisadores, mas também havia diferenças substanciais nos esquemas de tratamento recebidos pelas mulheres (com agências internacionais).