Após passar quatro anos 'presa' a uma cadeira de rodas em virtude de uma doença rara e incurável, Nazaré Albino, de 62 anos, se curou após se submeter a uma cirurgia que implantou um marca-passo no cérebro.
Aos 50 anos, ela foi diagnosticada com distonia muscular deformante, uma doença cerebral rara que provoca movimentos involuntários dos membros por interferir nos comandos dos nervos ao enviar estímulos contrários. Os sintomas são parecidos com os do Mal de Parkinson, que causa tremores nos membros. No caso de Nazaré, a doença é mais rara porque os sintomas geralmente aparecem na adolescência.
Desde 2007, sua situação se agravou e Nazaré passou a usar uma cadeira de rodas para se movimentar. Sua história de vida deu uma reviravolta quando conheceu e procurou o cirurgião Paulo Niemeyer Filho. Ele propôs à paciente o implante de um marca-passo do cérebro, o mesmo hoje utilizado para conter os tremores do Mal de Parkinson.
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Ela não tinha escolha e mesmo sabendo que as chances de recuperação em adolescentes são de apenas 50%, encarou a intervenção e saiu vencedora. Hoje, sua vida normal depende de um controle remoto. Se desligar o aparelho, seu corpo volta a tremer imediatamente ao desligamento. "Eu tenho um botão de liga e desliga...Algumas pessoas desligam para economizar a bateria do gerador. Tem um tempo de duração e, depois, você precisa operar novamente para trocar. Mas eu vou gastar a bateria toda. Não quero perder nem um minuto", brincou Nazaré em entrevista à reportagem do Fantástico.
O marca-passo funciona como um gerador de estímulos elétricos. Ele é instalado na altura do peito e um cabo percorre por baixo da pele até o alto da cabeça, onde são feitas as inserções dos eletrodos no ponto certo. O aparelho emite estímulos elétricos que anulam os impulso do cérebro doente. (Com informações do Fantástico)