Estudo apresentado no American Psychological Association’s 123rd Annual Convention revela que o cérebro dos indivíduos com epilepsia responde de forma diferente à música do que as pessoas sem esta condição.
Os estudiosos do The Ohio State University Wexner Medical Center acreditam que a música pode ser usada em combinação com os tratamentos existentes para epilepsia. Aproximadamente 2,9 milhões crianças e adultos que vivem nos Estados Unidos têm epilepsia, condição neurológica caracterizada pela ocorrência de convulsões.
Cerca de 80% dos casos de epilepsia são epilepsia de lobo temporal, onde as convulsões começam no lobo temporal do cérebro, parte que processa o som. Com isso em mente, os pesquisadores investigaram o impacto da música no cérebro das pessoas com epilepsia.
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Os pesquisadores analisaram dados de 21 indivíduos entre setembro de 2012 e maio de 2014. Todos passaram pelo exame eletroencefalograma em um exercício de audição. Todos os participantes "ouviram" um silêncio por 10 minutos, antes de escutarem uma música e em seguida voltou o silêncio. Depois ouviram mais duas músicas e novamente o silêncio.
Como esperado, participantes com ou sem epilepsia demonstram elevada atividade cerebral quando ouvem música. No entanto, quem possui epilepsia mostrou ótima sincronia com a música no lobo frontal e temporal.
A pesquisa mostrou que a música, ao ser combinada com o tratamento, pode prevenir a convulsão. A explicação é que a música relaxa e o estresse causa a convulsão.