O Prêmio Nobel de Medicina deste ano foi para os pesquisadores John Gurdon e Shinya Yamanaka, que descobriram que células maduras podem ser reprogramadas para virarem células-tronco. O comitê do Nobel disse nesta segunda-feira que as pesquisas do britânico e do japonês "revolucionaram nosso entendimento de como células e organismos desenvolvem-se."
Cientistas querem utilizar o método de reprogramação para novos tratamentos, como substituir tecidos de pacientes com mal de Parkinson e diabetes.
Gurdon, de 79 anos, demonstrou em 1962 - ano em que Yamanaka nasceu - que o DNA de células especializadas de sapos poderiam ser utilizadas para gerar novos girinos. A clonagem da ovelha Dolly, realizada em 1997 por outros pesquisadores, mostrou que o mesmo processo que Gurdon utilizou nos anfíbios funciona em mamíferos.
Leia mais:
Atendimento a dependentes de apostas cresce sete vezes no SUS, com alta entre mulheres
Aumento de casos de coqueluche pode estar ligado à perda de imunidade vacinal e cobertura insuficiente
Saúde alerta para a necessidade da vacinação contra a coqueluche para conter o aumento de casos
Falta de Ozempic em farmácias leva pacientes à busca por alternativas
Em 2006, Yamanaka, de 50 anos, conseguiu tornar células maduras em células primitivas, que por sua vez poderiam virar outros tipos de células maduras.
"As descobertas de Gurdon e Yamanaka mostraram que células maduras podem retroceder o relógio de desenvolvimento em certas circunstâncias", afirmou o comitê do Nobel. "Essas descobertas também deram novas ferramentas para cientistas em todo o mundo e levaram a notáveis progressos em diversas áreas da medicina". As informações são da Associated Press.