A ciência confirma que o fast food não é o único culpado. A gordura corporal pode estar ligada a fatores genéticos. O teste de nutrigenética, pode auxiliar o nutricionista e o médico a definir qual é a abordagem nutricional para perda ou manutenção do peso, conforme o DNA de cada pessoa.
Com a proximidade do verão, muitas pessoas iniciam as chamadas dietas milagrosas que prometem resultados rápidos. Há quem coma um prato caprichado, recheado de carboidrato, e com direito a sobremesa no final, sem que isso afete a silhueta. Em contrapartida, há quem engorde comendo pouco, cortando carboidrato, açúcar e tudo o mais que possa favorecer o ganho de peso. Pois essa contradição pode ser explicada pela genética. Isso porque cada indivíduo é único e suas características são determinadas pelo seu DNA, incluindo como o seu organismo vai metabolizar os alimentos. Nem sempre, entretanto, a restrição de calorias será suficiente para reduzir o peso ou a gordura corporal.
Para entender melhor este processo é preciso compreender a influência dos genes em nosso metabolismo. "Os genes são sequências de DNA, que contém informação codificada para produção de proteínas, as grandes responsáveis pelo funcionamento do corpo. São elas que determinam a digestão de alimentos e como eles serão utilizados: se para armazenamento de gordura ou para produção de energia e taxa de metabolismo basal. Isso quer dizer que os genes influenciam o funcionamento do corpo como um todo", explica Michelle Vilhena, médica do Centro de Genomas®.
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Estudando os genes
Para quem está acima do peso exames de nutrigenética ajudam a identificar se o excesso é decorrente de maior ingestão de alimentos ou de menor gasto energético - ou de ambos. "Eles podem, ainda, mostrar se a pessoa tem metabolismo lento para carboidratos ou para gorduras e auxiliar o nutricionista ou médico a definir qual é a melhor abordagem nutricional para perda ou manutenção do peso", esclarece a Dra. Michelle. E complementa: "É importante destacar que pesquisadores estimam que cerca de 600 marcadores genéticos estejam envolvidos na determinação da obesidade multifatorial, e que os testes de nutrigenética mais amplos avaliam apenas 24 desses marcadores. Assim, trabalhamos com probabilidades", diz.
Com base nos resultados de um exame de nutrigenética, realizado no Centro de Genomas, é possível direcionar a dieta, tornando-a totalmente personalizada e fazendo com que ‘os genes se expressem da melhor forma possível’. "Podemos identificar qual é o padrão de metabolismo da pessoa e, assim selecionar, qual é a melhor distribuição de macronutrientes e se ela precisa ou não de certos suplementos e vitaminas para auxiliar o seu metabolismo. Esses testes são uma ferramenta a mais associada a exames bioquímicos e anamnese tradicionais", defende.
Dessa forma, a perda do excesso de peso, bem como sua manutenção, se tornam mais fáceis, porque a dieta é baseada nas reais necessidades de cada pessoa. "A reeducação alimentar é direcionada pelas necessidades do DNA. Com o metabolismo funcionando de maneira mais adequada, ele, consequentemente, tende para um equilíbrio metabólico, onde, além do peso ideal, o paciente também consegue atingir um saldo positivo de saúde", finaliza Michelle Vilhena.