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Estudo

Obesidade aumenta em 44% chances de morte

Redação Bonde
17 dez 2010 às 16:07

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- Reprodução
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Estudo realizado nos EUA revelou que o índice de massa corporal (IMC) ideal está associado a menor risco de morte. Publicado na última semana no New England Journal of Medicine, o estudo analisou mortes por diferentes causas e identificou que pessoas não fumantes, com o IMC entre 20 e 24,9, vivem mais.

Os pesquisadores descobriram que pessoas saudáveis, que nunca fumaram, e que estavam com sobrepeso (IMC 25 a 29,9) tem 13% a mais de chances de morrer devido a complicações relacionadas à obesidade.

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Em pessoas obesas, com IMC entre 30 e 34,9, o aumento de chances de morte é de 44%. Em pessoas com IMC entre 35 e 39,9 o risco é de 88% e de 250% em pacientes com obesidade mórbida, com IMC entre 40 e 49,9. "Esse estudo mostra que todos que não estão no peso ideal correm um grande risco de desenvolver doenças e não somente as pessoas com obesidade mórbida, como muitos pensam", destaca o presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica, Dr. Ricardo Cohen.

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O resultado é a união de dados de 19 estudos realizados com 1,5 milhões de participantes. O IMC é uma relação de peso com a altura, utilizado no mundo todo como indicador geral de saúde. O IMC pode ser calculado dividindo o peso (em quilogramas) pelo quadrado da altura (em metros).

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No Brasil, o aumento da obesidade já provoca reflexos na estatística de mortalidade. Levantamento divulgado pelo Ministério da Saúde aponta um crescimento de 10% no número de mortes causadas por diabetes mellitus entre os anos de 1996 e 2007. "A obesidade já é um grande problema de saúde pública no Brasil e como conseqüência vemos o crescimento de outras doenças, como o diabetes. O número de diabéticos na América Latina deve aumentar 65% nos próximos 20 anos, atingindo 30 milhões de pessoas", diz Dr. Cohen.


A doença, que é associada à obesidade, teve um crescimento de 10% entre os anos de 1996 e 2007. O diabetes já é a terceira causa de mortalidade do país, atrás apenas de doenças cerebrovasculares (derrame) ou do coração.

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O diretor do Departamento de Análise e Situação de Saúde, Otaliba Libânio Neto, calcula que se o Brasil manter esse ritmo de crescimento da obesidade, atingirá o mesmo padrão de obesidade da população dos Estados Unidos em 2022.


O Brasil figura entre os 10 países com maior percentual de diabéticos, com 6,4% da população geral. Ao lado de outras doenças crônicas não transmissíveis, o diabetes é um dos principais desafios da área da saúde.

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Tratamento Cirúrgico - Vários estudos realizados estão avaliando a eficácia da cirurgia bariátrica no tratamento do diabetes tipo 2, forma mais comum da doença, em pacientes obesos. O Brasil é um dos pioneiros no procedimento.


A Cirurgia do Diabetes melhora a sensibilidade à insulina nos pacientes e a habilidade do corpo de aproveitar a glicose na corrente sanguínea. A sensibilidade à insulina é prejudicada em pessoas com diabetes tipo 2, resultando no acúmulo de açúcar no sangue. O procedimento representou 25% das 30 mil cirurgias bariátricas realizadas no país em 2009.

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De acordo com um levantamento realizado pela SBCBM, dos 7.500 pacientes brasileiros que se submeteram ao procedimento no ano passado, 90% tiveram o controle total da doença ou conseguiram reduzir o uso de medicamentos, como a aplicação de insulina.


Outro estudo, realizado pela Universidade Johns Hopkins, nos Estados Unidos, acompanhou durante um ano 2.235 adultos obesos com diabetes tipo 2 que foram submetidos a cirurgia bariátrica para redução de peso.

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Dos participantes do estudo, 85,8% tomavam pelo menos um medicamento para controlar o diabetes antes da cirurgia, com uma média de 4,4 medicamentos por paciente.


Os pesquisadores descobriram que seis meses após a cirurgia, 1.669 (74,7%) dos pacientes deixaram de tomar seus medicamentos para diabetes. Depois de um ano, 80,6% dos participantes do estudo não precisavam mais de medicamentos para o diabetes e depois de dois anos esse percentual subiu para 84,5%. "Ficou cientificamente comprovado que quando restringimos o estômago e promovemos um desvio intestinal conseguimos controlar o diabetes da grande maioria dos pacientes", afirma o presidente da SBCBM.

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Os bons resultados da cirurgia para o controle do diabetes tipo 2 devem-se, basicamente, a dois fatores: a perda de peso do paciente e principalmente a alteração hormonal. "No início pensava-se que o controle da doença era consequência apenas do emagrecimento do paciente, porém os índices ligados a diabetes eram normalizados poucos dias após a cirurgia, antes que houvesse uma perda significativa de peso. Portanto, concluiu-se que a alteração hormonal também tem um papel fundamental no êxito do tratamento", explica Dr. Ricardo.


A cirurgia pode ser indicada no tratamento de pacientes diabéticos tipo 2, com IMC (Índice de Massa Corpórea - peso dividido pela altura ao quadrado ) acima de 35. Ainda está em estudo pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) a liberação do procedimento para pacientes com IMC entre 30 e 35. Para pacientes com o IMC abaixo de 30 a cirurgia ainda não é indicada, porém o Brasil desponta como o país que mais investe em estudos para adaptar o método que irá beneficiar pacientes não obesos.

Três tipos de cirurgia se mostram eficientes no controle do diabetes e, por isso, são conhecidas como Cirurgia do Diabetes: o by-pass gastrojejunal e as derivações bilio-pancreáticas (scopinaro e "duodenal switch"). As três técnicas criam um atalho para o alimento, que é desviado do duodeno e chega antes à parte final do intestino. Esse desvio altera a secreção de alguns hormônios intestinais, como o GLP-1, cujo aumento estimula a produção de insulina, resultando na melhora ou até mesmo no controle do diabetes tipo 2.


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