A preocupação com o impacto da internet e das redes sociais na divulgação de notícias falsas sobre vacina fez a OMS (Organização Mundial da Saúde) convocar gigantes de tecnologia, como o Facebook e o YouTube, para participar de uma reunião com técnicos do órgão para buscar soluções contra a disseminação de fake news sobre o tema.
A desinformação sobre vacinas tem sido apontada como um dos fatores para a queda da cobertura de alguns imunizantes no Brasil e no mundo, o que trouxe de volta surtos de doenças até então controladas, como o sarampo.
A reunião ocorreu em outubro, na sede da OMS em Genebra, na Suíça, e foi organizada pela VSN (Vaccine Safety Net), rede criada pela organização para reunir sites com informações confiáveis sobre vacinas. "O workshop teve como objetivo promover a aprendizagem conjunta entre uma série de parceiros envolvidos na produção e disseminação de informações sobre a importância e os benefícios das vacinas para proteger a saúde", informou a OMS, em nota ao Estado.
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A médica Isabella Ballalai, vice-presidente da SBIm (Sociedade Brasileira de Imunizações), é a única brasileira a fazer parte do conselho consultivo da VSN e esteve presente no encontro de outubro. Ela conta que foram formados grupos de trabalho para buscar formas de ampliar fontes confiáveis sobre vacinas na internet. "A ideia é que ainda neste ano sejam apresentadas sugestões de negociações com essas plataformas digitais", conta.
Procurados para comentar as estratégias usadas para combater informações falsas sobre saúde, Facebook e YouTube disseram estar aprimorando suas tecnologias para promover fontes confiáveis de informação. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.